tag:blogger.com,1999:blog-36196106343582346402024-03-13T10:38:20.800-03:00GT Geografia e AnarquismoEsse blog é uma ferramenta de comunicação criada a partir das prosas e articulações do grupo de trabalho Geografia e Anarquismo. Este Gt surgiu de um debate da Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia (Coneeg) e busca agregar estudantes com demandas convergentes. Esperamos que seja, também, uma ferramenta de propaganda e militância do anarquismo e das práticas libertárias dentro e fora da universidade. Saudações libertárias!Geografia e Anarquismohttp://www.blogger.com/profile/09236606712272469362noreply@blogger.comBlogger80125tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-83387814849955168902013-04-25T23:12:00.000-03:002013-04-25T23:20:50.781-03:0026 de Abril e a luta por uma comunicação livreEste texto tem a pretensão de aproximar a discussão entre Geografia e Comunicação por um viés libertário. Provavelmente não será o único e terá continuidade.<br />
<br />
<br />
Dia 26 é aniversário (que triste) de uma corporação que existe há um bom tempo, Essa corporação, claro, capitalista, pois (re)produz todas as desigualdades da sociedade atual, (concentra, hierarquiza e define qual é o(s) assunto(s) a ser feito o debate público) explorando trabalhadores e trabalhadoras desta área ( jornalistas, fotógraf@s e demais, não conseguem perceber o tamanho do poder que vocês possuem? e continuam a perpetuar isso?)... Mas com uma coisa muito importante: ela utiliza das técnicas de telecomunicação, da radiodifusão, da mídia impressa entre outras ferramentas que afeta as sensações e o imaginário coletivo e individual na cidade e no campo1.<a href="http://3.bp.blogspot.com/-VCEV2pEQrEI/UXleeZ-68oI/AAAAAAAAADY/7QP08_boHa4/s1600/globotoxico.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="319" src="http://3.bp.blogspot.com/-VCEV2pEQrEI/UXleeZ-68oI/AAAAAAAAADY/7QP08_boHa4/s1600/globotoxico.jpg" width="320" /></a><br />
<br />
Praticamente desde sua origem em território nacional, os meios de comunicação são legislados pelo <b>Estado</b>, ou seja, há um cerceamento sobre a comunicação social e seus instrumentos. É, o próprio ente que tantos acham justo defender e lutar por ele. Este que dá "a tal da concessão" para esta corporação, que por sinal nunca teve sua concessão negada.<br />
<br />
Aliás, concessão é uma coisa esquisita para algo que é direito expresso na Declaração Universal dos Direitos do Homem, no Pacto de San Jose da Costa Rica ou na Constituição Brasileira, o famoso artigo 5º que na realidade só fica no papel ou quando os movimentos sociais estão na luta para se defender, utilizam dessa tática. <br />
<br />
Mas então, a concessão... O AR, ou para os mais especialistas, o espectro eletromagnético, não gera renda, assim como a terra também não. É o fruto do trabalho do ser humano que da o sentido a esses substratos necessissários para a vida<br />
<br />
<img height="309" src="http://4.bp.blogspot.com/-zRMXOjycBew/USzuyEI0dYI/AAAAAAAABoc/Y-b42lSW3zA/s320/graffiti-tv-globo.jpg" width="320" /><br />
As Ciências Sociais e da Comunicação -<br />
<br />
Hoje no Brasil as Ciências Sociais e da Comunicação ao estudar as formas e conteúdos de meios de comunicação estão restringidas a dualidade estatal e privada, salvo excessões, como trabalhos que estão diretamente ligados a projetos de caráter livre na comunicação, em especial a radiodifusão2<br />
<br />
Razões para essa dualidade nos estudos é a ausência de um pensamento autônomo revolucionário ao trabalhar com a comunicação não atrelada com o Estado e sem fins lucrativos.<br />
<br />
Experiências que buscam essa prática libertária comunicacional existem há algum tempo como as rádios livres3.<br />
<br />
As rádios se diferenciam muito da mídia eletronica virtual por possuirem uma relaçao espacial mais mapeavel, ou seja, mais enraizada em um determinado territorio, que a maioria das vezes possui legitimidade, conquistada cotidianamente por uma rede de relaçoes.Essa rede, ou melhor rizoma4, passa pelos programadores que vez ou outra estao inseridos em outros projetos ou coletivos que possuem traços de autonomia, horizontalidade e formas mais participativas de decisoes políticas<br />
<br />
<img alt="Logo" src="http://radiolivre.org/sites/radiolivre/files/images/banner_0.gif" /><br />
<br />
<br />
1Veja o livro que trata de apropriaçoes socioespaciais em salvador e alemanha de Angelo Serpa. "Lugar e Mídia"<br />
<br />
2 A respeito disso ver :<br />
Flora Guimarães Gonçalves. <i>Apropriações libertárias sobre o espectro radiofônico: as rádios livres</i>, 2012;<br />
Cristiane Dias Andriotti. <i>O Movimento das Rádios Livres e Comunitárias e a Democratização dos Meios de Comunicação no Brasil</i>, 2004;<br />
Marisa Amelina Meliane Nunes. <i>Rádios Livres: O outro lado da voz do Brasil</i>, 1995 e<br />
Arlindo Machado, Caio Magri e Marcelo Masagão. <i>Rádios Livres: A reforma Agrária no ar,</i> 1987.<br />
<br />
3<a href="http://www.youtube.com/watch?v=o6xqmEDWqRY"> Documentário Comunicaçao Livre</a><br />
<span style="background-color: white; color: #009933; font-family: arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 16px; white-space: nowrap;"><br /></span>
4 <a href="http://radiolivre.org/">Portal Rádio Livre</a><br />
<br /><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-72948715660858095252012-06-28T01:31:00.002-03:002012-06-28T01:53:17.201-03:00<br />
<div style="color: #29303b; font-family: Georgia, Verdana, Arial, serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<i>O texto que segue é um escrito de Elisiée Reclus em espanhol que traduz o pensamento dos anarquistas ou anarco-comunistas com respeito à questão agrária. Enquanto um grupo de marxistas defendia que o campesinato por sí só não era uma classe revolucionária mas uma classe em transição, e que os trabalhadores urbanos deveriam tê-los como aliados, porém, sempre guiando-os em um processo revolucionário. Outra corrente socialista, a de Kautsky defendia que o campesinato não somente não era revolucionário como não deveria ser considerado nem mesmo como aliado, que o campesinato deveria ser extinto, entre outros motivos, por ser uma classe contra-revolucionária. Os anarquistas viam a questão agrária de outra maneira, percebiam nos camponeses os laços de cooperação e solidariedade muito mais afinados com a idéia de Kropotkin de apoio mútuo, muito mais suscetíveis às ideias socialistas devido às suas práticas e vivências. Para aplacar as preocupações que assolavam os camponeses que não entendiam de fato quais eram as ideias do proletariado urbano e o que queriam dizer com socialismo e revolução, que desejavam saber qual seria o papel do camponês nesse processo e para evitar que cada vez mais as elites utilizassem o campesinato como massa de manobra contra os levantes do proletáriado urbano, Elisiée Reclus escreve essa carta: </i><br />
<i><br /></i><br />
<div style="font-family: Georgia, Verdana, Arial, serif; line-height: 18px; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: right;">
<i><span style="color: #f3f3f3;">Silvio Marcio M. Machado</span></i></div>
<div style="font-family: Georgia, Verdana, Arial, serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="font-family: Georgia, Verdana, Arial, serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: center;">
<b><span style="color: white;">A mi hermano el Campesino</span></b></div>
<div style="font-family: Georgia, Verdana, Arial, serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: left;">
<i><span style="color: white;">Eliseo Reclus</span></i></div>
<div style="font-family: Georgia, Verdana, Arial, serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: left;">
<span style="color: white;">“Es cierto -me has preguntado- que tus compañeros, los obreros de la ciudad, quieren desposeerme de la tierra, de esta hermosa tierra que yo amo, que me produce doradas espigas ciertamente tras mucho trabajo, pero que, sin embargo, me las produce? Ella ha mantenido a mi padre y a mi abuelo, y mis hijos hallarán en ella un poco de pan. ¿Es decir que tu quieres desposeerme de esta tierra, arrojarme de mi cabaña y mi huerto?</span><br />
<span style="color: white;">- No, hermano mío, no es cierto. Puesto que es tuyo el suelo y eres tú quien lo cultiva, a ti solamente pertecen sus mieses. Nadie tiene derecho, antes que tú, que haces crecer el pan, a comércelo en compañía de tu mujer y de tus hijos. Guarda tus campos con toda tranquilidad, conserva tu azadón y tu arado para remover la tierra endurecida, separa la semilla para fecundar el suelo. Nada existe más sagrado que tu labor. ¡Maldito mil veces quien intente quitarte ese suelo por ti fecundado!</span><br />
<span style="color: white;">Pero esto que te digo a ti, no lo hago extensivo a otros que se creen también cultivadores del suelo, y que no lo son sin embargo. ¿Quiénes son esos supuestos trabajadores del campo? Los que han nacido de grandes señores. Al venir al mundo se les colocó en lujosa cuna, envuelto con finas lanas y ricas sedas; el cura, el magistrado, el notario y otros personajes vivnieron a visitar al recién nacido como futuro propietario de las tierras. Cortesanos, hombres y mujeres, han venido de todas partes para traerles presentes, ropas bordadas de plata, brazaletes de oro; mientras le colmaban de regalos, se registraba en los grandes libros que el niño era poseedor de ríos, bosques, campos y prados. Sus propiedades se extienden desde el monte hasta el llan; y bajo la tierra trabajan para él cientos y miles de obreros. Cuando sea hombre irá tal vez a visitar lo que heredó al salir del vientre materno, o pudiera suceder que no se toomara tal mlestia; pero lo que sí hará será hacer recoger y vender los productos de tierras que ni siquiera ha visto. Por todos los lados, en barcas de ribera, en buques a través del Océano o por caminos de hierro, afluirán a su casa sacos de dinero, como rentas de sus propiedades. Pues bien; cuando seamos los más y dispongamos de la fuerza ¿dejaremos que todos esos productos del trabajo humano ingresen en las cajas del heredero? ¿Nos inspirará respeto esa propiedad? No, amigos míos; tomaremos posesión de todo eso. Romperemos sus papeles y planos, destruiremos las puertas de su castillo, haremos nuestros sus dominios. “¡Trabaja si quieres comer! -diremos a esos pretendidos agricultores.- Ninguna de estas riquezas te pertenece”.</span><br />
<span style="color: white;">¿Y ese otro señor, nacido pobre y sin pergaminos, a quien ningún adulador vino a admirar a su cabaña o tugurio paterno, pero que tuvo, no obstante, la suerte de enriquecerse por su trabajo, probo o no? No tenía ni un terrón de tierra donde descansar su cabeza, pero ha sabido por especulaciones y economías, por la protección de sus amos o azares de la suerte, adquirir inmensos dominios, rodeándolos de muros y barreras: recoge donde no ha sembrado, y come bueno y abundante pan que los demás han creado. ¿Respetaremos esta segunda propiedad, la del enriquecido que tampoco trabaja sus tierras, sino que las hace trabajar por manos esclavas y, no obstante, dicen que son suyas? No, esta segunda propiedad no la respetaremos ni más ni menos que la primera. Diremos también a este cuando tengamos fuerza suficiente: “¡Atrás, intruso! ¡Puesto que has sabido trabajar, continúa! ¡Dispondrás del pan que te produzca tu trabajo, pero la tierra que otros cultivan no te pertenece; no eres más su dueño!”.</span><br />
<span style="color: white;">Sí, tomaremos posesión de la tierra, pero sólo la de esos que la detentan sin trabajarla, para ponerla a disposición de los que la trabajan y a quienes estaba prohibido gozar de ella. Pero no se pondrá a su disposición para que puedan explota a otros desgraciados. La porción de tierra a la que el individuo, el grupo, la comunidad o la familia tendrá naturalmente derecho, será la abarcada para el trabajo individual o colectivo. Desde el momento que un pedazo de tierra se salga de los límites que pueden trabajarse, no tienen ninguna razón natural para reivindicarlo a su favor; su producto y su cultivo pertenece a otros trabajadores. El límite se traza diversamente entre las culturas [los cultivos] de individuos y grupos, con arreglo a la extensión puesta en estado de producción. Lo que tú cultivas, hermano mío, es para ti, y nosotros te ayudaremos a conservarlo por todos los medios que estén a nuestro alcance; pero lo que tú no cultivas pertenece a tu compañero. ¡Cédele un pedazo; verás como también él sabe fecundar la tierra!</span><br />
<span style="color: white;">¿Y si el uno y el otro tenéis derecho a vuestra tierra, cometeréis la imprudencia de continuar aislados? Cuando está sólo el pequeño propietario agrícola es demasiado débil para luchar con la naturaleza avara y el tirano demasiado malo. Si consigue vivir es por un prodigio de su voluntad. Es preciso que se acomode a todos los caprichos del tiempo [clima] y se someta en mil ocasiones a privaciones voluntarias. Que el hielo petrifique la tierra, que el sol queme, que llueva o que haga aire, debe estar siempre trabajando; que la inundación ahogue las cosechas, que el calor las calcine, no le queda otro remedio que recoger tristemente lo que quede, que no le será suficiente para vivir. Cuando llegue el día de la siembra, tendrá que privarse de comer para echar en el surco el grano con que había de hacer su pan. En medio de su desesperación sólo le queda una esperanza: la de que sacrificando una parte de sus pobres economías, después de crudo invierno y la insidiosa y traidora primavera, vendrá el ardiente verano y madurará, triplicando o cuadriplicando tal vez, la cosecha. ¡Que amor intenso siente hacia esa tierra que tanto le hace pensar por el trabajo, tanto sufrir por el temor y las decepciones y tanto regocijarse cuando ve las matas ondular llenas de espigas! ¡Ningún amor es más grande que el del campesino hacia el suelo que ha roturado y fecundado, en el que ha nacido y al que volverá! ¡Y sin embargo, cuántos enemigos le rodean y le envidian la posesión de esa tierra que adora! El cobrado de impuestos tasa su arado y le toma una parte de su trigo; el comerciante le busca otra parte; el camino de hierro le priva también de transportarse él mismo sus cosechas. Por todas partes de ve engañado y es inútil gritarle: “No pagues el impuesto, no pagues los réditos”. Paga, no obstante, porque está sólo, porque no tiene confianza en sus vecinos, en los otros propietarios o arrendadores que no pueden concertarse entre ellos. Se les tiene esclavos a todos por el temor y la desunión.</span><br />
<span style="color: white;">Es cierto que si todos los campesinos de un mismo distrito hubieran comprendido lo que la unión puede acrecentar sus fuerzas contra la opresión, no hubieran echado en olvido las comunidades de los tiempos primitivos, los “grupos de amigos”, como se denomina en Servia y otros países eslavos. La propiedad colectiva de esas asociaciones no está dividida en cercos, murallas ni zanjas. Los compañeros no se disputan por saber si una espiga ha crecido dentro o fuera de un surco; de cualquier modo saben que es para ellos. Nada de notarios y abogados para arreglar los interesas entre amigos. Después de la recolección, antes de la época de las nuevas labores, se reúnen para discutir los negocios comunes. El joven que se ha casado, la familia en que ha nacido un hijo o aquélla en la que ha entrado un huésped, exponen su nueva situación y toman mayor parte del haber común para satisfacer sus mayores necesidades. Estrechan o ensanchan la distancia según la extensión del suelo y el número de los miembros, y cada cual trabaja en su campo satisfecha de vivir en paz con los hermanos que trabajan a su lado, con arreglo a las necesidades de todos. En circunstancias semejantes, los compañeros se ayudan mutuamente: si un incendio ha devorado una cabaña, todos se ocupan de reconstruirla; si una avenida [inundación] ha destruido un campo, todos se interesan en beneficiar al amigo lesionado. Uno sólo apacenta los rebaños de la comunidad; por las tardes las ovejas y las vacas saben seguir el camino que les conduce a su corral, sin que nadie las empuje. La riqueza es a la vez propiedad de todos y de cada uno.</span><br />
<span style="color: white;">Pero la comunidad, lo mismo que el individuo, es bien débil si vive en el aislamiento. ¡Si no tiene bastante tierra para el conjunto de participantes, todos deben sufrir hambre! Casi siempre vive en lucha con un señor más rico que ella, aspirando a la posesión de este o el otro campo, de un bosque o un prado perteneciente a la comunidad y que resiste cuanto puede. Si el señor fuera solo, pronto abatiría su orgullo de insolente personaje, pero como nunca está solo, tiene de su parte al gobernador de la provincia, al jefe de la policía, los sacerdotes y magistrados, el gobierno entero con sus leyes y su ejército. Si tiene necesidad, puede disponer del cañón para ametrallar a los que fecundan el suelo que él anhela. Por eso la comunidad, aunque tenga de su parte la razón, cuando litiga con el señor puede estar segura de que para nada le sirve. Y es inútil gritarle, como el contribuyente aislado: “¡No cedas!” no tiene más remedio que ceder, víctima de su aislamiento y debilidad.</span><br />
<span style="color: white;">Sí, vosotros sois muy débiles; los pequeños propietarios desunidos o no asociados en comunidades no podéis luchar contra los que quieren esclavizaros, contra los acaparadores que ambicionan vuestro campo y contra el gobierno que os roba los productos del trabajo haciéndoos pagar impuestos aplastantes. Si no sabéis uniros, no sólo de individuo a individuo, sino de comunidad a comunidad y de país a país, formando una gran internacional de trabajadores, pronto vuestra suerte será igual a la de millones de hombres despojados de todo derecho a sembrar y recoger y que, desposeídos de su campo, han entrado en el ejército de los esclavos asalariados, viviendo de lo que le da en forma de limosna, cuando le viene bien darle trabajo. Esos jornaleros son desgraciados hermanos nuestros que han sido despojados de la tierra como tal vez seáis vosotros mismos mañana. ¿Hay acaso gran diferencia entre su suerte y la que os está reservada? La amenaza os alcanza ya; vuestro estado actual no es más que una prórroga que se os concede. ¡Uníos en vuestras desgracias y peligros! ¡Defended lo que os queda y conquistad lo que os habéis perdido! De lo contrario será horrible vuestra suerte futura, porque vivimos en una sociedad de ciencia y de método, y nuestros gobernantes, secundados por un ejército de químicos y de profesores, os preparan una organización social en la cual todo será reglamentado como en una fábrica donde la máquina lo dirigirá todo, y hasta los hombres no serán más que simples ruedas que se cambiarán como hierro viejo cuando intenten razonar y querer.</span><br />
<span style="color: white;">Así es como en las grandes soledades del Oeste de los Estados Unidos poderosas compañías de especuladores se han constituido perfectamente con los gobiernos, como lo están todos los ricos y los que esperan serlo. Estas compañías han conseguido que se les cedan inmensos dominios en las regiones fértiles y hacen, inmolando hombres, verdaderas fábricas de cereales. Hay campos de cultura que tienen la extensión de una de nuestras provincias. Estos vastos espacios están confiados a una especie de general, instruido, experimentado, buen agricultor y buen comerciante, hábil en el arte de calcular en su justo valor la fuerza productora de las tierras y los músculos. Este jefe se instala en una casa cómoda en el centro de sus tierras; tiene en sus cobertizos cientos de arados, cientos de máquinas sembradoras, cegadoras y trilladoras, una cincuentena de vagones que van y vienen incesantemente sobre los rails desde los campos al puerto más cercano, cuyos embarcaderos y navíos le pertenecen también; una línea telefónica va desde la casa-palacio a todas las construcciones de su dominio; la voz del amo se oye por todas partes; percibe todos los rumores; vigila todos los actos; nada se hace sin orden suya y sin que se ha visto por él.</span><br />
<span style="color: white;">¿Y a qué queda reducido el obrero, el campesino, en ese mundo tan bien organizado? Máquinas, caballos y hombres se utilizan del mismo modo; son cosas iguales, evaluadas en cifras, que es preciso emplear en beneficio del amo. Las cuadras están dispuestas en forma que al salir de ellas, los animales empiezan ya el surco de varios kilómetros de largo: cada uno de sus pasos está calculado y se sabe lo que le producen al señor. Lo mismo están calculados todos los movimientos del obrero desde la salida del dormitorio común. Allí nada de mujeres ni de niños que vengan a alterar su tarea con una caricia o un beso. Los trabajadores están agrupados por escuadras, con sargentos, capitanes y el inevitable soplón. El deber es hacer metódicamente el trabajo ordenado, sin la menor discusión ni opinión en contra. Cuando una máquina se inutiliza la arrojan al montón de hierro viejo si no es posible repararla. Si un caballo cae y se rompe un miembro se le dispara un tiro en una oreja y lo arroja al sumidero. Si un hombre sucumbe de fatiga, si se le descompone una articulación o le invade la calentura, no le evitan la pena acabándole con un tiro, pero le desembarazan de él no obstante: le llevan a un lugar separado a que se muera sin molestar a los que están trabajando.</span><br />
<span style="color: white;">Al finalizar los grandes trabajos, cuando la naturaleza descansa, el director descansa también y licencia su ejército. Al año siguiente hallará una cantidad suficiente de huesos y de músculos para formar el nuevo ejército, cuidándose mucho que no sean los mismo obreros del año precedente. Podrían hablar tal vez por experiencia, imaginarse que saben tanto como el amo, obedecer a disgusto y, hasta ¿quién sabe? Tomar amor a una tierra cultivada por ellos y figurarse que les pertenece.</span><br />
<span style="color: white;">Es cierto que si la felicidad de la humanidad consistiera en crear algunos millonarios que tesorizaran en provecho de sus pasiones y caprichos los productos acumulados por los trabajadores esclavos, esta explotación de la tierra por una chusma de bandidos sería el ideal anhelado. Los resultados de estas empresas son prodigiosos cuando la especulación no arruina lo que ella misma crea.</span><br />
<span style="color: white;">Tal cantidad de trigo obtenido por el trabajo de quinientos hombres, puede nutrir cincuenta mil: a los gastos hechos pagando un salario irrisorio corresponde una recolección enorme que se expide por cargamentos enteros de navíos, y se vende por diez veces el valor de la producción. Es cierto que si la multitud de consumidores falta de trabajo y de salario llega a una pobreza extrema, no podrá comprar los productos, y condenada a morir de hambre, no enriquecerá a los especuladores. Pero estos no se ocupan del porvenir: ganar mucho primeramente, derrochar dinero a troche y moche y luego … ¡que se arreglen! Los que han de venir que se espabilen: “Después de nosotros el diluvio!”.</span><br />
<span style="color: white;">He ahí, queridos amigos, el destino que os está reservado a vosotros los que amáis la tierra regada con vuestro sudor, a la que os sentís atraídos por una fuerza cuyo secreto os lo explica el desenvolvimiento del embrión vegetal, al romper la tierra misteriosamente con sus blanquecinos tallos.</span><br />
<span style="color: white;">Os arrebatarán el campo y la cosecha, os cogerán a vosotros mismos y os uncirán a cualquier máquina, humeante y estridente, y ennegrecidos por el humo y el carbón, tendréis que balancear vuestros brazos sobre una palanca diez o doce mil veces por día, según los cálculos de vuestro tirano. A eso llamarán agricultura. Y nada de aventuras o hacer el amor cuando el corazón os haga sentir afectos hacia una mujer; no os volváis siquiera a mirar la joven que pasa: el capataz no consiente que se defraude trabajo al patrón. Si a este le conviene que os caséis para crear progenitura es que serás de su agrado; tendrás el alma de esclavo que él desea; serás bastante vil para que él autorice la perpetuación de una raza abyecta. El porvenir que os espera es el mismo que el del obrero y el niño de las fábricas. Jamás la esclavitud antigua pudo tan metódicamente amasar y formar la materia humana hsta reducirla al estado de herramienta. ¿Qué queda de humano en ese ser pálido, descarnado y escrofuloso que no respirará nunca otra atmósfera que la del humo, grasas y polvo?</span><br />
<span style="color: white;">Evitad esa muerte a cualquier precio, amigos míos. Conservad cuidadosamente vuestras tierras los que tenéis alguna; es vuestra vida, la de vuestras mujeres y de vuestros hijos a quién tanto amáis. Asociados con los compañeros cuyas tierras están amenazadas como las vuestras por el usurero, los grandes especuladores agrícolas y los aficionados a las grandes cacerías, cuya tendencia es convertir en bosque todos los campos roturados; olvidad las pequeñas rivalidades entre vecinos y agrupaos en comunidades en las que todos los intereses sean solidarios y cada puñado de tierra tenga como defensores a todos los miembros. Ciento, mil o diez mil seréis bastante fuertes para luchar con el señor terrateniente; sin embargo, no seréis bastante fuertes contra un ejército. Asociaos, pues, por comunidades y que la más débil disponga de la fuerza de todos. Más aún; haced un llamamientos a los que no poseen nada, desheredados de las ciudades, a quienes tal vez os hayan enseñado a odiar y que debéis amar, porque ellos ayudarán a conservar vuestras tierras y a reconquistar las que os han quitado. Con ellos podréis atacar y destruir todas las murallas y cercos que limitan las propiedades de los grandes señores de la tierra: con ellos podréis fundar la gran comunidad de los hombres libres, en la que se trabajará en concierto para vivificar el suelo, embellecerlo y vivir felices sobre esta buena tierra que nos da el pan. Pereceréis como esclavos y mendigos. “¿Tenéis hambre? -decía recientemente un alcalde de Argel a una comisión de humildes sin trabajo;- ¡pues bien, comeos unos a otros!”.</span></div><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-30017516427528512492011-11-05T23:38:00.008-02:002012-06-28T01:50:10.928-03:00Crises do Capitalismo - David Harvey<object style="height: 390px; width: 640px;"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/5wts8rNbyfY?version=3&feature=player_detailpage">
<param name="allowFullScreen" value="true">
<param name="allowScriptAccess" value="always">
<embed src="http://www.youtube.com/v/5wts8rNbyfY?version=3&feature=player_detailpage" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowScriptAccess="always" width="680" height="380"></object><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-41896514710825239872011-10-19T23:41:00.003-02:002011-10-19T23:48:29.827-02:00IIRSA: Caminhos e agentes da pilhagem na América Latina<i><br />
La Haine - [Ana Esther Ceceña, Tradução de Diário Liberdade]</i> <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-6gwZvBTjba0/Tp92C9QFfEI/AAAAAAAAAUU/owdPQicmCJY/s1600/191011_iirsa.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="250" width="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-6gwZvBTjba0/Tp92C9QFfEI/AAAAAAAAAUU/owdPQicmCJY/s320/191011_iirsa.jpg" /></a></div><br />
Há um enorme peso do capital estadunidense nas atividades mais importantes. Isso autoriza a seguir falando do sujeito estadunidense como sujeito hegemônico.<br />
<br />
Encontramo-nos atualmente em um momento de crise. Crise sistêmica que não anuncia uma queda ou estalar imediato, mas que é a expressão da vocação mutante do capitalismo e de sua capacidade de adaptação ou readequação às condições mutantes do acontecer não só econômico, mas também social. O caráter sistêmico da crise mostra a insustentabilidade civilizatória do capitalismo, mas não o elimina de maneira natural nem o impede de buscar sua recomposição. A crise dá passo a uma concentração de poder e riqueza muito maior e concede condições de força e ao mesmo tempo de vulnerabilidade um poder cada vez mais exclusivo e excludente que, em sua arrogância, vai colocando em operação mecanismos variados de suporte e de articulação ou coesionar em um entorno crescentemente contraditório.<br />
<br />
A crise cíclica, nas circunstâncias atuais, é indicativa da incapacidade do mercado para garantir por si mesmo as condições gerais do processo de acumulação do capital e de apropriação privada da riqueza e, nesse sentido, apela aos mecanismos de contenção social para assegurar aquele que o mercado não consegue fazer coesão e controlar, sobretudo quando a economia capitalista é ao mesmo tempo legal e ilegal. A ninguém escapa que a crise econômica não está tocando os setores ilegais que, sem dúvida, contribuíram a gerá-la e muito provavelmente serão parte de sua solução.<br />
<br />
Como queira, a crise exige uma mudança de estratégia e uma mudança de modalidade de dominação que abarca todas as dimensões da organização social, territorial e política do sistema, sobretudo porque a necessidade de restabelecimento das condições gerais de valorização correspondente aos momentos de ajuste cíclico, característicos do funcionamento regular do processo de acumulação de capital, ocorre agora em um contexto de questionamento integral, de crise sistêmica, de incapacidade para resolver internamente a contradição progresso-depredação que provém dos fundamentos mesmos da sociedade capitalista como lugar do domínio da natureza pelo homem.<br />
<br />
Por esse motivo, a crise atual não é somente financeira e nem se resolver com subsídios e ajustes estatais ou com fusões e centralização de capital. Isso permite seguir adiante, mas simultaneamente agrava a situação do suicídio técnico no qual se encontra irremediavelmente o capitalismo, apesar de sua capacidade para manter o mundo inteiro sob suas regras de funcionamento, ainda que sabendo que tendem, paradoxalmente, à insustentabilidade da própria vida.<br />
<b><br />
A IIRSA como estratégia de poder hegemônico</b><br />
<br />
A força interna do capitalismo se defende e se reconstrói permanentemente através do desenho de um conjunto de estratégias integrais, multidimensionais, que se difundem planetariamente, entre as que se encontram nos megaprojetos de reordenamento territorial, que são necessariamente também de reordenamento político, como o da Integração da Infraestrutura Regional da América do Sul, a IIRSA. A principal virtude de projetos como IIRSA é a de ser capazes de restabelecer e potencializar as condições gerais da valorização, mais que a de gerar negócios suculentos em sua própria colocação em prática, coisa que também ocorre.<br />
<br />
Observados desde uma perspectiva ampla, a IIRSA e o Plan Plueba Panamá são duas partes de um mesmo projeto: os dois foram supostamente idealizados por algum Presidente da região, em um caso Vicente Fox, no México, e em outro Fernando Henrique Cardoso, no Brasil. Com toda distância cultural, intelectual e política que há entre ambos, supostamente ao mesmo tempo desenharam dois projetos semelhantes e geograficamente empatados. As negociações e colocação em prática específicas variam de acordo com as condições sub-regionais, mas os fundamentos dos projetos não: construir uma infraestrutura de comunicações, transporte e geração de energia que constitua um ágil e dinâmico sistema circulatório que permita enlaçar as economias regionais ao mercado mundial.<br />
<br />
Um único projeto de mercantilização total da natureza para uso massivo desde o centro do México até a ponta da Terra do Fogo (extremo sul da Argentina). Não se trata da exploração dos elementos naturais para o uso doméstico, nem local nem nacional, mas de sua exploração de acordo com as dimensões de um comércio planetário sustentado, em cerca de 50%, por empresas transnacionais. A infraestrutura que se propõe – e que se requer – é justamente a que permitirá a América Latina a se converter em uma peça chave no mercado internacional de bens primários, ao custo da devastação de seus territórios, abrindo novamente essas veias de abundância que sangram a Pachamama e que alimentam a acumulação de capital e a luta mundial pela hegemonia. O desenho desta infraestrutura vai do coração às extremidades, do centro da América do Sul até os portos no caso de IIRSA e de Colômbia-Panamá até a fronteira com os Estados Unidos no caso do Projeto Mesoamericano, novo nome do Plan Puebla Panamá.<br />
<br />
A dimensão da exploração do território da América Latina e de extração de seus elementos valiosos se encontram em relação com dois níveis crescentes demandados por uma economia mundial que responde às vertiginosas necessidades de multiplicação dos próprios lucros, muito mais que as necessidades reais da população do mundo, e chama a uma agilização da circulação de mercadorias para reduzir ao máximo os momentos improdutivos do capital. O nível de extração e produção das empresas envolvidas, mesmo quando sua origem seja local, modificou-se em proporção a esta nova demanda de recursos. Casos como o da Vale do Rio Doce são sintomáticos das novas dinâmicas: empresa enraizada na produção mineira em uma zona de grande abundância de minerais é pouco a pouco estrangeirada através da colocação de ações na bolsa de valores de Nova Iorque ou semelhantes e seus níveis de produção, já grandes, multiplicam-se de acordo com as necessidades de valorização dos capitais proprietários. O ritmo dos trens que transportam o ferro ao porto se incrementou e a quantidade de vagões com cargas se multiplicou nos últimos anos, assegurando com isso a possessão privada, fora da terra, já em qualidade de mercadoria, de um elemento natural que se converteu em parte importante da disputa hegemônica. Com isto se gera a energia que constitui um ágil e dinâmico sistema circulatório que permite enlaçar as economias regionais ao mercado mundial.<br />
<br />
A dimensão da exploração do território da América Latina e de extração de seus elementos valiosos se encontra em relação com os níveis crescentes demandados por uma economia mundial que responde às vertiginosas necessidades de multiplicação dos próprios lucros muito mais que das necessidades reais da população do mundo, e chama a uma agilização da circulação de mercadorias para reduzir ao máximo os momentos improdutivos do capital. O nível de extração e produção das empresas envolvidas, mesmo quando sua origem seja local, modificou-se em proporção a esta nova demanda de recursos.<br />
<br />
O ritmo dos trens que transportam o ferro ao porto se incrementou e a quantidade de vagões carregados se multiplicou nos últimos anos, assegurando assim a possessão privada, além da terra, já em qualidade de mercadoria, de um elemento natural que se converteu em parte importante da disputa hegemônica. Com isto se acrescenta a pilhagem que foi objeto os povos latino-americanos desde há mais de 500 anos, com os inícios da conquista-colonização, e se submete os territórios, espaço da relação natureza-sociedade em uma depredação selvagem e irreversível.<br />
<br />
A exportação de matérias-primas, vista pelos analistas macroeconômicos como um sinal de desenvolvimento e prosperidade, está alterando as condições mesmas da vida por seu caráter massivo e por responder a necessidades alheias às das sociedades locais. E o mesmo que ocorre com as modernas vias de transporte que se propõem e estão sendo habilitadas com a IIRSA. As rotas da IIRSA colocam o enorme território sul-americano à disposição das necessidades de pilhagem dos recursos estratégicos, como se pode observar no mapa abaixo que mostra o que eu considero o desenho estratégico da IIRSA.<br />
<br />
<br />
Agora os canais interoceânicos não buscam a rota mais curta entre oceanos, mas a mais vasta, a mais rica. Os 80km do Canal do Panamá são agora substituídos pelos 20 mil km da rota amazônica. Esta diferença de critérios põe em evidência que a conexão tem outros propósitos que os buscados no passado, em conformidade com o aumento de capacidades e envergadura da apropriação capitalista. Com as rotas da IIRSA se assegura não somente a extração de recursos de cada uma de suas partes, mas que essa extração se realize de maneira articulada. Vinculam-se interesses nacionais ou locais com interesses transnacionais e inclusive estratégicos.<br />
<br />
As rotas da IIRSA passam pelas fontes d'água, minerais, gás e petróleo; pelos corredores industriais do subcontinente; pelas áreas de diversidade genética mais importantes do mundo, pelos refúgios indígenas e por tudo aquilo que é valioso e apropriável na América do Sul. A ampliação das margens dos rios para dedicá-los ao trânsito intenso está colocando em risco os pantanais e degradando as condições de vida de espécies animais e vegetais ao mesmo tempo que violenta os modos de vida de comunidades aldeãs ou vinculadas; a exploração e exportação massiva de minerais castiga à selva com um tráfico pesado constante que vai se comendo rapidamente a mancha amazônica e ameaça os glaciares; as modalidades locais de organização da vida se veem confrontadas com uma dinâmica vertiginosa que não lhes corresponde e que as altera externa e irreversivelmente.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-Drc_7XuPBNw/Tp93IRxq7CI/AAAAAAAAAUg/Rq4BoPWdU8c/s1600/191011_rotas_estrategicas_IIRSA.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="620" width="480" src="http://1.bp.blogspot.com/-Drc_7XuPBNw/Tp93IRxq7CI/AAAAAAAAAUg/Rq4BoPWdU8c/s320/191011_rotas_estrategicas_IIRSA.png" /></a></div><br />
<br />
<br />
<b>O quadro de interesses da IIRSA</b><br />
<br />
Foram amplamente denunciados os danos presentes ou previsíveis que acompanham este projeto e ainda assim a insistência por mantê-lo é tenaz. Cabe se perguntar então que tipo de interesses prevalecem sobre os altíssimos riscos ecológicos e sociais que entranha a IIRSA.<br />
<br />
Por um lado, o fato de contar com a anuência ou inclusive o entusiasmo de muitos dos governos latino-americanos é resultado de uma combinação na qual governos e empresas locais recebem alguns benefícios que, em seu nível, podem ser significativos.<br />
<br />
Por outro lado, evidentemente uma rede infraestrutura das características planejadas é sem dúvida um facilitador das atividades extrativas, e econômicas em geral, dos grandes capitais do mundo em busca de recursos competidos e valiosos, que em muitos casos podem ser considerados estratégicos para a reprodução global do sistema e, portanto, para o asseguramento não só das condições de vida do capitalismo, mas também da hegemonia.<br />
<br />
A construção mesma da infraestrutura parece não ser a chapa mais cobiçada. As grandes transnacionais tem como foco de interesse a exploração dos recursos, muito mais que os negócios grandes para os investidores locais, mas relativamente pequenos para elas, da construção de estradas, ferrovias, hidrovias, represas e outros semelhantes.<br />
<br />
Pela maneira como se comportaram os governos e as empresas, parece ter quase um acordo de complementaridade no qual ambos se beneficiam e por isso mesmo ambos defendem o projeto como próprio. A variegação de interesses acrescentou ultimamente pela entrada de capitais estrangeiros em empresas locais, a maioria das vezes relacionadas com as atividades extrativas, como é o caso da Vale do Rio Doce. Estas empresas se potencializam, aumentam sua produção e, evidentemente, suas exportações; vinculam-se mais estreitamente ao mercado mundial, mas seguem aparecendo como nacionais quando em vários casos seu capital já é majoritariamente estrangeiro.<br />
<br />
Talvez a empresa latino-americana mais favorecida pela IIRSA atualmente é a Odebrecht, que se anuncia como empresa brasileira. Por se tratar de uma empresa de engenharia e construção, nesta primeira etapa se envolveu em projetos em toda a região de IIRSA.<br />
<br />
Odebrecht tem investimentos na América em 13 países, além do Brasil. Abarca geograficamente desde o México até a Argentina, com atividades também no Caribe (República Dominicana), América Central (Costa Rica, Panamá) e América do Sul (Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai), como se pode observar no mapa abaixo, que mostra a proximidade das áreas de seus projetos de investimento com as que contém os recursos mais valiosos.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-Q1C8CAqxxSA/Tp93t434zSI/AAAAAAAAAUs/R0xncb2XGt8/s1600/191011_odebrecht1.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="620" width="480" src="http://1.bp.blogspot.com/-Q1C8CAqxxSA/Tp93t434zSI/AAAAAAAAAUs/R0xncb2XGt8/s320/191011_odebrecht1.png" /></a></div><br />
<br />
Nas atividades extrativas historicamente se registrou a presença de grande transnacionais estrangeiras, e daí esta vinculação de interesses que mencionávamos. É um setor no qual a competência dificulta a entrada de capitais nacionais, sobretudo depois da desproteção e a mudança de critérios sobre os patrimônios nacionais induzidos pelo neoliberalismo.<br />
<br />
Revisando as listas das 500 maiores empresas do mundo elaborada desde há um longo tempo pela revista Fortune, e aquelas das 500 maiores da América elaborada pela revista América Economia, o que se observa é a escassa participação de empresas latino-americanas nas atividades de maior envergadura. Ainda quando se encontrem nestas atividades, sua participação é de muito menor monta, exceto nos casos da Odebrecht, Aracruz e Votorantim, as três originalmente brasileiras.<br />
<br />
A extração de petróleo e gás tem em alguns países exclusividade de empresas do Estado, mas, no que toca ao restante, as empresas principais neste setor são Exxon, Royal Dutch, British Petroleum, Chevron, CONOCO-Philips, ENI, Petrobras, Repsol-YPF, SK, Occidental Petroleum, Lukoil, EnCana e Oil and Natural Gas. A localização de projetos destas empresas não deixa dúvida de seu bom tino pois se encontram em todas as regiões de importantes jazidas, como se observa no mapa. Estas localizações ficam bem protegidas pelas facilidades infraestruturais projetadas pela IIRSA, de modo que seu acesso ao mercado mundial, já bastante ágil, se veria ainda muito melhor. Veja o mapa abaixo.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-NwbCs75gyLs/Tp94GQKsmyI/AAAAAAAAAU4/q39gifS3afk/s1600/191011_petroleiras_iirsa.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="620" width="480" src="http://3.bp.blogspot.com/-NwbCs75gyLs/Tp94GQKsmyI/AAAAAAAAAU4/q39gifS3afk/s320/191011_petroleiras_iirsa.png" /></a></div><br />
<br />
Os minerais, elementos que formam a estrutura material básica dos processos produtivos, tem na América Latina um de seus espaços de maior diversidade e abundância. Os minerais metálicos são foco de atração de grandes empresas de dimensão planetária como Anglo American, BHP Billinton, Río Tinto, Vale, Xstrata e Nippon Mining Holdings, e sua distribuição territorial as leva a diversas regiões sul-americanas que em todos os casos terão a virtude de ser articuladas através das rotas de IIRSA (ver mapa abaixo).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-adKlEDU_l60/Tp95ScoukHI/AAAAAAAAAVE/AIyaIRyrkPk/s1600/191011_mineiras_iirsa.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="620" width="480" src="http://1.bp.blogspot.com/-adKlEDU_l60/Tp95ScoukHI/AAAAAAAAAVE/AIyaIRyrkPk/s320/191011_mineiras_iirsa.png" /></a></div><br />
<br />
A apropriação de bosques, naturais ou gerados artificialmente, tem suas principais zonas em pontos muito específicos. Seu distribuição territorial é muito menos extenso que os das atividades anteriores, mas se trata também de capitais de grande envergadura, vinculados com a produção de celulose e papel (mapa abaixo).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-6JNuAY-MM2c/Tp95kZ7iTFI/AAAAAAAAAVQ/ots6BpBMraw/s1600/191011_iirsa_florestais.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="620" width="480" src="http://1.bp.blogspot.com/-6JNuAY-MM2c/Tp95kZ7iTFI/AAAAAAAAAVQ/ots6BpBMraw/s320/191011_iirsa_florestais.png" /></a></div><br />
<br />
Basta observar o que está acontecendo no estado brasileiro do Pará, originalmente selvagem, hoje cheio de pastos para o gado e crateras mineiras que desflorestam, transformam lógicas locais de socialidade e organização da reprodução.<br />
<br />
As principais empresas que se encontram no setor são Stora Enzo, Weyerhauser, Aracruz Celulose, Votorantim Celulose, Kablin, Suzano Papel e Celulosa, CELCO e CMPC, as duas últimas com investimentos no sul do Chile.<br />
<br />
Evidentemente, além de todas as empresas mencionadas há um quadro de empresas menores vinculadas com as atividades das grandes, entretanto são completamente dependente destas, ou seus níveis de produção não repercutem nos grandes mercados e nem definem as dinâmicas da economia.<br />
<br />
A ideia de mostrar a distribuição geográfica destes grandes investimentos provém do interesse de revisar a capacidade destes agentes capitalistas para ocupar e definir o território e suas dinâmicas. Uma das coisas que nos deve preocupar é como o território está sendo expropriado e como projetos como IIRSA reforçam essa tendência.<br />
<br />
E, em realidade, ainda que neste terreno possamos constatar a grande quantidade e diversidade dos interesses em jogo, é o sujeito hegemônico que marcha à cabeça do processo. Nós temos um cálculo do território estrangeiro ocupado por bases militares estadunidenses mas seria necessário medir o ocupado pelas propriedades das empresas para ter uma ideia cabal da dimensão territorial da dominação.<br />
<br />
Com esses cálculos poderíamos nos encontrar em melhores condições para analisar se a IIRSA é um projeto dos Estados sul-americanos ou uma exigência desses grandes capitais que arrastam os Estados a formularem as políticas que os beneficiam, porque quais são os Estados hoje se não uma parte desse sujeito econômico, desse sujeito dominante que às vezes se chama capital brasileiro, às vezes capital equatoriano, muitíssimas vezes capital estadunidense mas que, finalmente, revela uma fusão de interesses em relação com o grande capital das empresas transnacionais, impulsionadas, protegidas e representadas pelo Estado norte-americano.<br />
<br />
Inclusive hoje, ainda que seja difícil de falar da nacionalidade do capital, efetivamente há um enorme peso do capital estadunidense em todas mais importantes atividades, mais dinâmicas e com maior futuro no mundo. Isso autoriza a seguir falando do sujeito estadunidense como sujeito hegemônico, ou seja, esse grande capital que se aglutina em torno do Estado estadunidense, ainda que tenha alguns mexicanos, brasileiros, japoneses ou capitais provenientes de qualquer outro lugar, mas incorporados organicamente a essa estrutura de poder.<br />
<br />
<b>Nota</b><br />
<i><br />
(1) Este trabalho contou com a valiosa contribuição de Rodrigo Yedra, membro do Observatório Latino-americano de Geopolítica.<br />
<b><br />
Ana Esther Ceceña</b> é Diretora do Observatório Latino-americano de Geopolítica no Instituto de Investigações Econômicas, Universidade Autônoma do México. Coordenadora do grupo de trabalho Hegemonias e Emancipações de CLACSO. Livros: Producción estratégica y hegemonía mundial (México: Siglo XXI); Hegemonías y emancipaciones en el siglo XXI (Buenos Aires-Sao Paulo: CLACSO); Desafíos de las emancipaciones en un contexto militarizado (Buenos Aires: CLACSO); Derivas del mundo en el que caben todos los mundos (México: Siglo XXI); De los saberes de la dominación y la emancipación (Buenos Aires: CLACSO).</i><br />
<br />
<i>Traduzido para Diário Liberdade por Lucas Morais</i><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-43369515834548695432011-09-19T19:12:00.000-03:002011-09-19T19:12:35.431-03:00Mira y Resiste: Lucio (2007)SOCIALISMO - LUCIO (Aitor Arregi e Jose Mari Goenaga - 2007) Falado em Espanhol<br />
Documentário sobre a vida de Lucio Urtubia. Anarquista, falsificador, contrabandista e operário. Conhecido no mundo inteiro por falsificar cheques de viagem do First National City Bank (hoje Citibank) na década de 70, pondo em risco uma das principais instituições financeiras do mundo e roubando do banco cerca de US$ 20 milhões. O dinheiro arrecadado foi usado para várias causas revolucionárias. Documentos falsificados e passaportes para ativistas do mundo inteiro. Ele colaborou com os Tupamaros, com grupos anti-fascistas de resistência, ETA, ERP, GARI, etc<br />
<br />
<iframe src="http://blip.tv/play/AYLM5TMC.html" width="480" height="390" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><embed type="application/x-shockwave-flash" src="http://a.blip.tv/api.swf#AYLM5TMC" style="display:none"></embed><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-54478516326429180272011-09-15T12:06:00.000-03:002011-09-15T12:06:13.160-03:00Breve Histórico da Luta Popular e do Anarquismo no Brasil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-WPZZ7qV-1l4/TnIUOodcFRI/AAAAAAAAAUM/sSCviBhCrJg/s1600/1-de-maio-1919-pca-da-se.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="251" src="http://2.bp.blogspot.com/-WPZZ7qV-1l4/TnIUOodcFRI/AAAAAAAAAUM/sSCviBhCrJg/s400/1-de-maio-1919-pca-da-se.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Artigo Editorial do informativo LIBERA 150.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>O anarquismo enquanto uma ideologia, ou seja, um sistema de idéias e valores que possui relação direta com a prática política e a transformação revolucionária; aporta no Brasil com os imigrantes, mas se consolida como uma ferramenta de luta dos trabalhadores “nativos”. Aqui, a estratégia política anarquista para os sindicatos, o sindicalismo revolucionário torna-se a principal metodologia adotada pelos operários nos principais centros industriais do país. </i></div><div style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Sindicalismo Revolucionário e Anarquismo no Brasil</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O surgimento do anarquismo está indissociavelmente ligado a formação e as estratégias de luta da classe trabalhadora, especificamente na Europa da segunda metade do século XIX, época que Proudhon considerava como o momento em que “(...) as classes operárias adquiriram consciência delas próprias”. As experiências de um conjunto significativo [1] dos oprimidos pelo seu projeto de ruptura com a sociedade capitalista, naquele momento definiram os “últimos” contornos da proposta anarquista, cujo marco ideológico mais nítido pode ser identificado com os conflitos dos socialistas revolucionários [2] “bakuninistas” com o socialismo autoritário marxista.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O anarquismo enquanto uma ideologia, ou seja, um sistema de idéias e valores que possui relação direta com a prática política e a transformação revolucionária; aporta no Brasil com os imigrantes, mas se consolida como uma ferramenta de luta dos trabalhadores “nativos”. Aqui, a estratégia política anarquista para os sindicatos, o sindicalismo revolucionário torna-se a principal metodologia adotada pelos operários nos principais centros industriais do país. A ação direta, a autonomia da classe e a democracia direta, de base, são exemplos dos princípios postos em prática pelos trabalhadores para conquistarem seus direitos e necessidades. Nas três primeiras décadas do século XX, as organizações da classe trabalhadora, potencializadas pelo sindicalismo revolucionário, esforçam-se por lutar contra as investidas das elites dominantes e a nascente burguesia, que se valem, por exemplo, do estado de sítio para atacar os trabalhadores, tratando a questão social, como um “caso de polícia”. Algumas conquistas históricas da classe trabalhadora serão alcançadas neste período, como por exemplo, as oito horas de trabalho. A transformação radical permanecerá no horizonte da classe, à despeito da atuação dos sindicatos amarelos [3] (reformistas). À precarização crescente do/a trabalhador/a no período da Primeira Grande Guerra, a Confederação Operária Brasileira responderá com uma grande greve geral. E em 1918, uma insurreição armada, seguida de uma greve geral, tentará fundar um soviete [4] brasileiro, inspirada na prática generalizada de autoinstituição da classe trabalhadora russa, que emerge com mais relevância em 1905 e se radicaliza em 1917, na Revolução Russa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A combatividade dos/as trabalhadores/as dos grandes centros industriais brasileiros do período será alvo de uma intensa repressão, que atingirá especialmente os anarquistas nas décadas de 10 e 20. Na Rússia de Trotsky e Lênin, os marinheiros de Kronstadt, os anarquistas, socialistas e setores de esquerda que não comungam totalmente com as propostas políticas do partido bolchevique são esmagados em 1921; a oposição interna e a democracia do partido bolchevique já tinham sido esmagadas desde 1919. São os germes do totalitarismo. É desta época também, visivelmente inspirada nos preceitos bakuninistas, a tentativa de consolidação da organização específica anarquista (Aliança Anarquista em 1918 e Partido Comunista [5] , o libertário em 1919) em território nacional, iniciativa que é interrompida não só pela repressão, mas também pelo “excesso de sindicalismo” que acomete os/as militantes anarquistas brasileiros/as.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1937 o Estado Novo arrasa as entidades de classe, atrelando os sindicatos ao estado e reprimindo brutalmente os opositores políticos. O sindicalismo revolucionário, principal estratégia anarquista para a classe esvazia-se e com ela, o anarquismo sofre um duro golpe. A opção pela atuação parlamentar do PCB no período; introduz um forte elemento burguês na atuação da classe, dividindo os/as trabalhadores/as e subordinando a luta social à luta parlamentar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Os anarquistas durante a ditadura getulista (1937-1945) e a reabertura democrática (1946 – 1954)</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ao contrário de algumas interpretações tradicionais, que subordinam os acontecimentos históricos aos aportes conceituais de pouco refinamento, o anarquismo não desaparece nem com a fundação do PCB em 1922, nem com o Estado Novo em 1937. O anarquismo está fragilizado, mas os anarquistas não deixam de se organizar. Os contatos, ainda durante o Estado Novo (1937-1945) jamais cessam, mesmo que clandestinos. Reorganizam-se no bojo do congresso anarquista de 1948 e fortalecem suas organizações específicas (União Anarquista do Rio de Janeiro, União Anarquista de São Paulo, etc), mas a presença anarquista nos sindicatos é frágil, apesar da valente propaganda ideológica de seus periódicos [6] . A hegemonia política da esquerda no Brasil é do PCB. Este defende a “Constituinte com Getúlio” unindo-se a setores da burguesia “progressista”, linha já definida pela lógica de atuação do comunismo internacional, e em 1945 chega até a condenar e barrar as greves operárias em prol da consolidação democrática no mesmo ano, ferindo a autonomia da classe.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O período supostamente democrático que se segue ao fim do Estado Novo não esconde os ataques aos direitos e a autonomia dos trabalhadores pelo governo Dutra (1946-1954); a estrutura corporativista que conecta os sindicatos se mantém. A autonomia e a independência de classe que caracterizam a atuação dos sindicatos no início do século serão substituídas por uma relação de subordinação às estruturas governamentais. Tanto do ponto de vista da estrutura sindical corporativista e da ideologia populista, que transformam o sindicato num apêndice do Estado, quanto da atuação parlamentar do PCB, que subordina as lutas à sua estratégia legalista. Em termos globais, o mundo está politicamente dividido entre os blocos do capitalismo e do socialismo “real”, prenunciando a famosa Guerra Fria. O suposto socialismo da URSS neste período é denunciado pelos/as anarquistas brasileiros/as como um imenso capitalismo de estado; à despeito das interpretações trotsquistas que lhe imprimem um suposto caráter de Estado Socialista “degenerado”, o estado soviético configura-se como um aparato monstruoso de opressão e extermínio [7] dos dissidentes, um totalitarismo de Estado e o domínio uma nova classe, a classe dos gestores [8] . Diga-se de passagem, é importante citar que a militarização dos sindicatos, a verticalização das decisões políticas e a relação de subordinação da classe pelo partido bolchevique, fora delineada e operacionalizada, por Lênin e Trotsky.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 1964 um novo golpe civil-militar, apoiado por grandes empresários, setores conservadores, e arquitetado pelos militares convulsiona o país. Parte da esquerda opta então pela resposta armada, e apesar de muito aguerrida, a estratégia foquista, inspirada numa suposta superioridade política da vanguarda comunista sobre a classe, inviabiliza o acúmulo de força social necessário para derrotar a ditadura, pois possui pouca relação com as necessidades e questões do cotidiano dos/as trabalhadores/as. No Brasil, a atuação dos/as anarquistas, apesar de modesta não seria passada despercebida pela ditadura. Integrantes do Movimento Estudantil Libertário e do Centro de Estudos Professor José Oiticica serão presos e torturados. O anarquismo, assim como outras ideologias da esquerda contrárias a ditadura, também fora proibido pelo sombrio regime militar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Luta Popular e anarquismo hoje: da abertura democrática (1981 – hoje) aos movimentos sociais contemporâneos</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O anarquismo que emerge no período da reabertura democrática é cético com a principal cartada da esquerda no período: a democracia burguesa. Enquanto a principal força da esquerda (PT) se esforça para compatibilizar a estratégia eleitoral burguesa com as lutas de base (sindicatos, movimentos populares e estudantis), os anarquistas estão inseridos em diferentes movimentos populares apostando na auto-organização da classe, o que alguns chamarão de criação de um povo forte. O anarquismo brasileiro que emerge no período democrático é um anarquismo mais amadurecido e apesar do contexto de reconstrução dos laços políticos libertários, é crítico consigo mesmo. Fazem parte deste contexto interno do anarquismo, o aprofundamento do plano teórico libertário, o trabalho de base, a unidade teórica e ideológica, a luta popular e a necessidade das organizações específicas anarquistas, que constituem nossa tradição anarquista.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A caminhada do PT rumo à conquista das instituições burguesas prenuncia o que os anarquistas denunciavam há décadas: a incompatibilidade da luta popular de base transformadora e radical com a democracia representativa burguesa. Paulatinamente a luta popular é subordinada pela luta parlamentar e pelo imaginário capitalista [9] que vem acoplado à sua dinâmica. A crise do PT que é muito anterior a eleição de Lula, não fora uma “crise de direção” como alguns setores da esquerda apontam, mas sim uma crise de concepção, já traçada na teoria marxista-leninista de subordinação da classe pelo partido. Acossado pelo jogo burguês, o partido se molda gradativamente a dinâmica eleitoral. O PT, que abandonara o vocabulário socialista bem antes da eleição de Lula, já renunciava ao seu projeto socialista muito antes da crise do mensalão em 2003. Portanto é incorreto afirmar, como o fazem os novos/velhos partidos que surgem no período e que reproduzem a mesma estratégia equivocada, que somente em 2003 o PT deixou de ser um “instrumento histórico” da classe trabalhadora.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A eleição de Lula/Dilma pacifica os movimentos sociais atrelados ao PT e de sua base aliada. Neste período, os movimentos sociais são incorporados por meio da cooptação de lideranças, pacificados pelo atrelamento de suas agendas de luta ao calendário e dinâmica institucional do Estado burguês ou simplesmente reprimidos, quando se atrevem a enfrentar os inimigos de classe. Direitos históricos dos/as trabalhadores/as são atingidos/as no âmbito da perversa ofensiva neoliberal. Do ponto de vista latino-americano, o ataque se chama IIRSA, um plano intercontinental de integração do capitalismo: mais roubo, mais exploração, mais saque dos “recursos” naturais. Prepara-se neste período uma grande ofensiva de criminalização da pobreza e de controle social em âmbito nacional: UPP’s, PAC, desmonte dos direitos básicos dos trabalhadores (saúde, educação, moradia, etc) e benefício do grande capital transnacional.</div><div style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Estratégia Popular e Anarquismo</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Acreditamos que o momento é de fincar as raízes dum projeto de organização e poder popular. Não há revolução sem crise; mas a crise não é mero produto de “contradições” do capitalismo, a crise é a medida da nossa capacidade, enquanto povo, de prepararmos e operarmos uma ofensiva enquanto classe contra as estruturas que nos oprimem, e isto inevitavelmente requer organização. Para isto, do ponto de vista do projeto de poder popular e dos movimentos sociais, acreditamos que a tarefa é preparar pacientemente o trabalho de base nos espaços da nossa classe (sindicatos, bairros, favelas, ocupações, comunidades, assentamentos, etc.). Reconstruir os laços sociais destruídos pelo capitalismo, reforçar a organização popular e atender as necessidades do nosso povo, por meio da ação e da democracia direta, da solidariedade e da autonomia. O trabalho de base requer sistematicidade, perseverança e organização e acima de tudo, deve dar protagonismo ao conjunto da classe (e não à meia dúzia de iluminados): o que chamamos de criar um povo forte.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Do ponto de vista do anarquismo, defendemos um anarquismo classista, voltado para a luta popular. Um anarquismo que não vá nem a frente, nem se deixe levar à reboque das lutas, mas que se constitua como uma ferramenta revolucionária, dentre as possíveis, de emancipação popular, portanto, um anarquismo atual. Para reunirmos nossas forças, defendemos a necessidade da organização específica anarquista; fundamental para concentrar as energias dos/as anarquistas em tarefas articuladas coletivamente sob um fundo estratégico comum.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Neste sentido, a última década assistiu a um passo muito importante para os/as anarquistas em solo brasileiro. Juntos/as às organizações que compõem o Fórum do Anarquismo Organizado (FAO - Brasil), caminhamos modestamente, na articulação de um projeto nacional de anarquismo. Este projeto, em permanente construção, ainda tem muito o que realizar, mas sem dúvida nenhuma é um passo relevante no amadurecimento organizativo do anarquismo brasileiro.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: justify;"><i>[1] Como a Comuna de Paris.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>[2] Chamados à época de coletivistas.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>[3] Que curiosamente mantinham uma aliança com os comunistas do PCB.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>[4] Os sovietes existiam desde 1905 na Rússia. Fruto da experiência da classe, os comunistas em 1905 condenavam a participação dos bolcheviques nos sovietes.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>[5] Não confundir com o Partido Comunista de orientação marxista-leninista, fundado em 1922. O termo comunismo também era utilizado pelos anarquistas no período.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>[6] Referimo-nos a Ação Direta, A Plebe (2ª edição) e Remodelações. Fundamental citar também o jornal Ação Sindical.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>[7] Anterior ao stalinismo, diga-se de passagem. Em 1921, os marinheiros e militantes de esquerda que divergiam do aparelhamento do Partido Bolchevique foram fuzilados, deportados e presos pelo governo bolchevique, pelas ordens de Lênin e Trotsky.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>[8] Defendemos que uma classe dominante não se define apenas pela apropriação da mais-valia, mas também pela gestão do modo de produção.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>[9] Como a separação dirigentes e executores, característica do capitalismo.</i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por Federação Anarquista do Rio de Janeiro</div><div style="text-align: justify;">Related Link: http://www.farj.org</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>Extraído de: http://www.anarkismo.net/article/20543 </i></div><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-86848358916489545522011-09-14T20:41:00.000-03:002011-09-14T20:41:48.410-03:00O Brasil vai salvar a Europa. FHC-PiG (*)-Cerra corta os pulsos! | Conversa Afiada<a href="http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2011/09/13/o-brasil-vai-salvar-a-europa-fhc-pig-cerra-corta-os-pulsos/#.TnE7tb_8Nxg.blogger">O Brasil vai salvar a Europa. FHC-PiG (*)-Cerra corta os pulsos! | Conversa Afiada</a><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>THIAGO VINICIUS DE ALMEIDA DA SILVAhttp://www.blogger.com/profile/06164186117722690526noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-23995588129408094902011-09-14T12:22:00.000-03:002011-09-14T12:22:50.768-03:00AGB - Associação de Geógrafos Brasileiros e o Porto-AçuO GT de agrária da AGB Rio e Niterói realizaram um relatório e este vídeo sobre a situação da população do Porto-Açu que está tendo as suas terras tomadas pelo Eike Batista em nome do "desenvolvimento".<br />
<br />
<object style="height: 390px; width: 640px"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/426s8b3jfl4?version=3"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/426s8b3jfl4?version=3" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowScriptAccess="always" width="640" height="390"></object><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-1304940648292616952011-09-12T22:37:00.002-03:002011-09-12T23:07:26.568-03:00Sagrada Terra Especulada (documentário)<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="225" src="http://player.vimeo.com/video/28597529?title=0&byline=0&portrait=0" webkitallowfullscreen="" width="400"></iframe><br />
<a href="http://vimeo.com/28501758">Sagrada Terra Especulada(A luta contra o Setor Noroeste) Documentário - 70min produzido por CMI - Brasília</a> from <a href="http://vimeo.com/murua">Muruá</a> on <a href="http://vimeo.com/">Vimeo</a>.<div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-49921046509765328392011-09-06T22:04:00.000-03:002011-09-06T22:04:18.880-03:00Um pouquinho de Teoria - Parte II<div style="color: white;">
<b>TEORIA DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICA ANARQUISTA</b><br />
<br />
</div>
<div style="color: white; text-align: right;">
“Possuir a capacidade política é ter consciência de si <br />
como membro de uma coletividade, <br />
afirmar a idéia que daí resulta e perseguir sua realização.” <br />
<b>P.-J. Proudhon</b><br />
<br />
“O anarquismo é o viajante que toma as ruas da história <br />
e luta com os homens tais como são e constrói <br />
com as pedras que lhe proporciona sua época.” <br />
<b>Camillo Berneri</b></div>
<br style="color: white;" />
<br style="color: white;" /><div style="color: white; text-align: justify;">
O tema da teoria da organização política foi tratado a partir de cinco
eixos principais: prática política, organização específica, estratégia e
tática, ação de massas e luta avançada. Serão pontuados alguns aspectos
em relação aos eixos.</div>
<span style="color: white;">
</span><br style="color: white;" /><span style="color: white;">
</span><b style="color: white;">Prática política</b><br style="color: white;" /><div style="color: white; text-align: justify;">
A teoria aponta para a elaboração de conceitos e de um método para
pensar e conhecer rigorosamente a realidade social e histórica. A
análise profunda e rigorosa de uma situação concreta será um trabalho
teórico o mais científico possível. A ideologia é composta de elementos
de natureza não científica, que contribuem para dinamizar a ação. A
expressão de motivações, a proposta de objetivos, de aspirações, de
metas ideais, isso pertence ao campo da ideologia. Uma prática política
eficaz exige o conhecimento da realidade (teoria), a postulação
harmônica com ela de valores objetivos de transformação (ideologia) e
meios políticos concretos para conquistá-la (prática política).</div>
<span style="color: white;">
</span><br style="color: white;" /><span style="color: white;">
</span><b style="color: white;">Organização específica anarquista</b><br style="color: white;" /><div style="color: white; text-align: justify;">
Para distinguir seu programa e não diluir sua bandeira na massa das
forças sociais os anarquistas formam uma organização específica para a
prática política. Por suas finalidades revolucionárias, a organização só
reúne uma minoria ativa para poder atuar na luta pública e fora dela. A
organização é uma federação de militantes com unidade ideológica e
estratégico-tática, com democracia interna e uma disciplina consciente
para suas realizações. O anarquismo organizado não substitui nem
representa as organizações sindicais e populares. Dentro dessa
concepção, não é um partido para tomar o poder, mas para ajudar a
desenvolver capacidade política nas massas para construir poder popular.</div>
<span style="color: white;">
</span><br style="color: white;" /><span style="color: white;">
</span><b style="color: white;">Estratégia e tática</b><br style="color: white;" /><div style="color: white; text-align: justify;">
A atividade de uma organização política supõe uma previsão do devir
possível dos acontecimentos durante um lapso mais ou menos prolongado,
previsão que inclui a linha de ação a adotar pela organização frente a
esses acontecimentos de maneira a influir sobre eles no sentido mais
eficaz e adequado. Uma linha estratégica é, habitualmente, válida
enquanto perdura a situação geral a qual corresponde. As opções táticas,
na medida em que respondem a problemas mais precisos, concretos e
imediatos, podem ser mais variadas, mais flexíveis. Sem dúvida não podem
estar em contradição com a estratégia.</div>
<span style="color: white;">
</span><br style="color: white;" /><span style="color: white;">
</span><b style="color: white;">Ação de massas</b><br style="color: white;" /><div style="color: white; text-align: justify;">
A organização das forças populares, dos movimentos e organizações das
classes oprimidas é parte fundamental da estratégia anarquista. Estar
organizado socialmente e inserido nas lutas é um critério para atuar
como força política. A classe trabalhadora e os movimentos sociais devem
se organizar com independência de governos, partidos e patrões. A luta
de massas é um espaço para fazer unidade em defesa dos interesses de
classe. O anarquismo deve atuar como fermento moral e intelectual,
levando seus métodos de luta e organização como um anticorpo de luta
permanente contra a burocracia, o centralismo autoritário e a
colaboracionismo. O lugar das ideologias na frente social não é o de
protagonismo imediato, de partidarização, mas circulação de idéias,
métodos e valores a partir das situações concretas que formam as
experiências da luta.</div>
<span style="color: white;">
</span><br style="color: white;" /><span style="color: white;">
</span><b style="color: white;">Luta avançada</b><br style="color: white;" /><div style="color: white; text-align: justify;">
O problema da violência, como categoria da política, é fundamental num
processo revolucionário que procure abater as estruturas de poder do
capitalismo. A luta avançada é uma parte decisiva da prática política de
uma organização revolucionária que atua também, com uma estratégia
articulada e global, no nível das lutas populares. A luta revolucionária
por objetivos socialistas deve contar com o protagonismo de um setor
importante das massas e por isso não dispensa o trabalho político e
ideológico no interior dos seus movimentos. A organização de uma força
militante como elemento de choque e recurso técnico prévio da
radicalização das lutas contra o poder burguês é uma exigência para uma
estratégia vitoriosa de revolução social.</div>
<span style="color: white;">
</span><br style="color: white;" /><br style="color: white;" /><span style="color: white;">
</span><b style="color: white;">MARCO TEÓRICO E CATEGORIAS DE ANÁLISE (MÉTODO DE ANÁLISE)</b><br style="color: white;" />
<br style="color: white;" /><div style="color: white; text-align: justify;">
Para o trabalho de análise, com a utilização de um método determinado,
houve a necessidade de distinguir, como colocado, as categorias de
ideologia e estratégia. A formação pontuou: O socialismo é uma
aspiração, uma esperança dos povos e das classes oprimidas (ideologia).
Mas precisa ter sua elaboração teórica, vinculada ao terreno do saber,
dos estudos e da análise social rigorosa (teoria). Isso implica,
portanto, ter claro quais são os elementos mais fixos que constituem a
ideologia, e quais são os elementos teóricos, que funcionarão como uma
caixa de ferramentas e que terão por objetivo proporcionar elementos
para que se possa conhecer; nesse sentido, as ferramentas teóricas não
têm, necessariamente, de ser anarquistas, ainda que se deva ter em conta
a relação entre ideologia e teoria, ferramentas que devem proporcionar
elementos para uma compreensão adequada do sistema, das formações
sociais, da conjuntura. Nesse sentido, a teoria busca conhecer e a
ideologia transformar.</div>
<span style="color: white;">
</span><br style="color: white;" /><span style="color: white;">
</span><b style="color: white;">Capitalismo como sistema de dominação</b><br style="color: white;" /><div style="color: white; text-align: justify;">
O capitalismo é um sistema. Sistema é um conceito para discernir o
“núcleo duro”, a configuração dos elementos constitutivos que fundam e
dão sentido a uma totalidade social. O capitalismo constitui um sistema
de dominação que tem por constituição fundamental alguns elementos:
Propriedade privada; exploração; disciplinamento dos corpos; a
modalidade de representação, administração e justiça; um sistema
coercitivo e repressivo; a existência de classes sociais; exclusão
social. Esse sistema de dominação está formado por uma estrutura global
formada por distintas esferas, entre elas: estrutura econômica;
estrutura política-jurídica-militar; estrutura ideológica-cultural
(idéias, representações, comportamentos, modo de informação, tecnologias
de poder a ela unidas). Estrutura é o conjunto de elementos de uma
organização social e suas relações, presentes no sistema de dominação. O
capitalismo, concebido globalmente como sistema de dominação, possui
agentes que impulsionam essa dominação em todas as esferas. Por exemplo:
Política: organizações internacionais (FMI, Banco Mundial, OMC, União
Européia, OTAN, etc); Economia: empresas transnacionais, bancos;
Ideológico: conglomerados de mídia.</div>
<span style="color: white;">
</span><br style="color: white;" /><span style="color: white;">
</span><b style="color: white;">Interdependência das esferas</b><br style="color: white;" /><div style="color: white; text-align: justify;">
O método apresentado na formação baseia-se na interdependência das
esferas e, portanto, entende o sistema como um todo no qual uma esfera
influencia, sustenta e torna as outras dependentes. O sistema de
dominação (capitalismo) é constituído por uma estrutura global formada
por distintas esferas, estrutura esta que não têm determinação outra a
não ser a interdependência. As distintas esferas da estrutura tem
autonomia relativa, com elementos específicos que constituem no seu
interior outras esferas menores. A dominância de uma estrutura sobre a
outra não se estabelece a priori, é produto das análises respectivas. O
sistema de dominação é dinâmico e atravessa várias etapas históricas
mantendo elementos estruturais que o reproduzem de distintas maneiras.</div>
<span style="color: white;">
</span><br style="color: white;" /><span style="color: white;">
</span><b style="color: white;">Poder, dominação, resistência e as distintas esferas da sociedade</b><br style="color: white;" /><div style="color: white; text-align: justify;">
A estruturação da sociedade está baseada em última análise nas relações
de poder e dominação, relações fundamentais que atravessam todas as
esferas e configuram modos de articulação da estrutura global com seu
característico núcleo duro. O poder circula por todo o corpo social,
pelas diferentes esferas estruturadas. Vale dizer por todas as relações
sociais. O poder está nas relações sociais, nos diferentes campos das
relações sociais e o aparelho de Estado estaria contendo com toda sua
dimensão, circulando pelo seu interior,certa síntese de poder dominante.
Sendo assim, o poder não reside nas estruturas nem nas instituições,
mas no campo das relações sociais. E não somente no político, mas também
no econômico, ideológico, jurídico e todas as instituições do sistema.
Teríamos assim poder no econômico, jurídico-político-militar,
ideológico-cultural. Nesse sentido, há resistências nas distintas
esferas que podem ser maiores ou menores, mais ou menos ameaçadoras ao
sistema de dominação.</div>
<span style="color: white;">
</span><br style="color: white;" /><span style="color: white;">
</span><b style="color: white;">Poder e Estado</b><br style="color: white;" /><div style="color: white; text-align: justify;">
As instituições, os aparelhos, as estruturas não são amorfas, estão
sempre penetradas pelo poder. Articulada a estrutura de produção, por
exemplo, está o poder, as classes e as lutas. O aparelho de Estado
contém certa síntese de poder dominante que circula no seu interior. Não
se pode definir o Estado como o conjunto da sociedade e nem equiparar
Estado e poder. O Estado é o lugar de “condensação” de diversos poderes,
um lugar específico que tem sua própria “autonomia relativa” e que é
capaz de manter e reproduzir privilégios de diferentes ordens. Sua
dinâmica é centralizadora, apta só para dominação, sua função é
repressora e controladora. Os conceitos básicos para o Estado o definem
como monopólio da força repressiva organizada, da “justiça”, estrutura
de privilégios, centralizadora, anuladora do que não controla. </div>
<span style="color: white;">
</span><br style="color: white;" /><span style="color: white;">
</span><b style="color: white;">Formações sociais e conjuntura</b><br style="color: white;" /><div style="color: white; text-align: justify;">
As formações sociais concretas são o campo da análise descritiva de
sociedades históricas onde o sistema de dominação tem determinação em
estado prático. O grupo de acontecimentos que marcam um momento
específico das formações sociais e suas estruturas fundamentais formam a
conjuntura.</div>
<span style="color: white;">
</span><br style="color: white;" /><span style="color: white;">
</span><b style="background-color: white; color: white;">Ideologia e sujeito</b><br style="color: white;" /><div style="color: white; text-align: justify;">
Determinados momentos históricos produzem com peso um conjunto
articulado de idéias, representações, noções no interior do imaginário
dos distintos sujeitos sociais. Um conjunto articulado de caráter
imaginário, que toma a forma de “certezas” defendidas pelos mesmos
sujeitos sociais. Isto é o que pode transformar estes sujeitos em
protagonistas de sua própria história ou em sujeitos passivos e/ou
disciplinados pelas forças dominantes. Isto é o que chamamos de
ideologia (não confundir a ideologia da sociedade que se fala aqui com a
ideologia anarquista, tratada anteriormente). Ideologia não é falsa
consciência. O sujeito real não está representado na figura do “eu”, na
consciência, mas é constituído na estrutura do inconsciente, isto é, nas
formações ideológicas em que ele se reconhece. O que o sujeito vive e
como vive cotidianamente, historicamente, no marco de determinados
dispositivos, seria o elemento principal de mudança de sua consciência. É
construindo força social e tomando ativa participação nela que se podem
formar embriões da nova civilização ou do “homem novo”, de outro
sujeito. Digamos que este é o tema de como se transforma a consciência,
para usar a linguagem clássica. Pelo que tem se visto a economia por si
não transforma a consciência. O que o sujeito vive e como vive
cotidianamente, historicamente, no marco de determinados dispositivos,
seria o elemento principal de mudança de sua consciência. O que está no
centro da história não é o homem, mas as lutas de poder e economia. Os
fazedores de história seriam especialmente classes (grandes coletivos)
operando como forças sociais.</div>
<div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-33941343181544464892011-08-27T11:52:00.001-03:002011-08-27T12:01:29.443-03:00Coletivo Anarquista Bandeira Negra e Lançamento dos Livros: Negras Tormentas e Alem de Partidos e Sindicatos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-Ut4tgBOkfBo/TlkDXZ0u-tI/AAAAAAAAAT8/rPUkNv1VKx4/s1600/Negras+Tormentas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-Ut4tgBOkfBo/TlkDXZ0u-tI/AAAAAAAAAT8/rPUkNv1VKx4/s1600/Negras+Tormentas.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;">"<b>Negras Tormentas: o Federalismo e o Internacionalismo na Comuna de Paris</b>", de Alexandre Samis. Conforme colocado pelo professor Wallace dos Santos de Moraes na orelha do livro, a presente obra “deve ser saudada com uma grande festa, tanto pela comunidade acadêmica como pelos leitores em geral”. Ele continua: “O leitor do século XXI deve colocar três gran<span class="text_exposed_show">des questões sobre a Comuna de Paris: 1) Como foi possível realizá-la? 2) Como foi seu desenvolvimento? 3) Qual foi seu legado? A obra de Samis trata dessas questões de forma magistral, respondendo-as sempre no plural, isto é, chamando a atenção para os diversos fatores que influenciaram na possibilidade, na necessidade e nos resultados da eclosão da Comuna. Para além disso, aquele que se debruçar sobre a obra terá a oportunidade de conhecer a gênese desse episódio nos seus aspectos mais longínquos. Com efeito, o leitor é presenteado com o conhecimento da história política e social francesa do século XIX por meio da narrativa dos fatos, e também conhece o rico debate entre seus intérpretes. Ademais, a história da Associação Internacional dos Trabalhadores e o grande debate entre anarquistas, marxistas e outras correntes políticas são passados em revista. A partir destas discussões, a Comuna de Paris é inserida em seu contexto. É esse o grande mérito do autor, diferenciando-se de outros que a tratam por si mesma, como se tivesse nascido do nada. No livro de Samis, a eclosão da Comuna é vista como resultado de todo um acúmulo de lutas e questões sociopolíticas que estavam na ordem do dia na Europa no século XIX. Assim, o autor, com propriedade -- apropriando-se do conceito de autoinstituição de Castoriadis --, nega que a Comuna tenha sido a última revolução plebeia e também a primeira revolução proletária. Ela é posta no seu devido lugar: como evento autônomo e coberto de idiossincrasias. Para o bem do leitor e da teoria, trata-se de uma pesquisa que discute muito mais do que aquilo que se propõe -- e que é ainda mais abrilhantada pelo prefácio de René Berthier, francês e estudioso do tema.” Publicado nesse ano que marca os 140 anos da Comuna de Paris, Negras tormentas, “o livro, hoje”, considera Moraes, “é a principal referência sobre o estudo da Comuna de Paris já publicado no país”.<br />
<br />
<i>Alexandre Samis é Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense e professor do Colégio Pedro II. É militante da Federação Anarquista do Rio de Janeiro e diretor do SINDSCOPE. Autor dos livros "Clevelândia: anarquismo, sindicalismo e repressão política no Brasil" (Imaginário/Achaimé, 2002) e "Minha pátria é o mundo inteiro: Neno Vasco, o anarquismo e o sindicalismo revolucionário em dois mundos" (Letra Livre, 2009).</i><br />
<br />
"<b>Além de Partidos e Sindicatos: Organização Política em Anton Pannekoek</b>", de José Carlos Mendonça: Em meio ao fracasso, atestado pelas diversas convulsões sociais que continuam estourando por todo o mundo, das teses presentes nas crônicas de muitas mortes anunciadas (formuladas desde uma esquerda envergonhadas até uma direita enraivecida; que pronunciavam o "fim" das ideologias, da luta de classes, do socialismo, enfim, da própria História), o que presencia é a longevidade do único "sujeito" que nenhum desses apologetas espera ver falecer; o capital. A capacidade que esta relação social tem de continuar se reproduzindo ampliadamente, de forma alguma responde apenas a determinações econômicas.<br />
<br />
<i>José Carlos Mendonça é Doutorando em Ciências Sociais pela Unicamp e Pesquisador do Laboratório de Sociologia do Trabalho (LASTRO-UFSC).</i></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><b><span class="text_exposed_show"><i>27/08/2011 - Sindicato dos Bancários em Florianópolis às 17h</i></span></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-2UiSOLMTmbc/TlkEZHklxsI/AAAAAAAAAUE/1MRIDJfUf44/s1600/Logo_Bandeira_Negra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-2UiSOLMTmbc/TlkEZHklxsI/AAAAAAAAAUE/1MRIDJfUf44/s200/Logo_Bandeira_Negra.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: center;"><span class="text_exposed_show"><i> </i></span></div><div style="text-align: center;"><span class="text_exposed_show"><i> </i></span></div><div style="text-align: center;"></div><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-22338077584026078232011-08-12T21:57:00.001-03:002011-08-27T01:00:23.437-03:00Colonización y Descolonización de America. Dibujos Animados<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/24LoOp3SXuQ?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>THIAGO VINICIUS DE ALMEIDA DA SILVAhttp://www.blogger.com/profile/06164186117722690526noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-46099115679437984752011-08-06T12:47:00.003-03:002011-08-27T12:09:43.956-03:00AlieNação: O Mapa do Desespero - Crimethinc<div><a href="http://4.bp.blogspot.com/-eYvSO5hp28U/Tlj48bkS4xI/AAAAAAAAAT4/VOyfADNdi-w/s1600/figura+Aliena%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-eYvSO5hp28U/Tlj48bkS4xI/AAAAAAAAAT4/VOyfADNdi-w/s200/figura+Aliena%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" width="150" /></a><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="border: medium none; color: white; line-height: 0.4cm; margin-bottom: 0.26cm; padding: 0cm;"><span style="font-family: Tahoma,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">No mundo moderno, controle é exercido sobre nós automaticamente pelos espaços em que vivemos e nos movimentamos. Nós passamos por certos rituais em nossas vidas - trabalho, "lazer", consumo, submissão - porque o mundo é projetado só para isso. Todos nós sabemos que shopping centers são para fazer compras, escritórios são para trabalhar, e as ironicamente chamadas salas de estar são para assistir televisão, e escolas são para obedecer professores. Todos os espaços pelos quais transitamos possuem significados pré-estabelecidos, e tudo que precisa para nos manter fazendo as mesmas coisas é nos deixar caminhando pelos mesmos caminhos. É difícil achar algo para fazer no Wal-Mart além de olhar e comprar produtos; e, como estamos acostumados a isso, é difícil conceber que realmente poderia haver outra coisa para se fazer lá - sem mencionar que fazer qualquer coisa lá além de comprar é muitas vezes ilegal.</span></div><div class="western" style="border: medium none; line-height: 0.4cm; margin-bottom: 0.26cm; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #464646; font-size: small;"><span style="font-family: Tahoma,Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="color: white;">Restam no mundo cada vez menos espaços livres, não desenvolvidos, onde podemos deixar nossos corpos e mentes correr livres. Praticamente todo lugar que você pode ir pertence a alguma pessoa ou grupo que já lhe designou um significado e uma utilidade: propriedade privada, zona comercial, auto-estrada, sala de aula, parque federal. E as nossas próprias rotas previsíveis pelo mundo raramente nos levam perto das zonas livres que ainda restam.</span><br style="color: white;" /><br style="color: white;" /><span style="color: white;">Estes espaços, onde o pensamento e o prazer podem ser livres em todos os sentidos, estão sendo substituídos por ambientes cuidadosamente controlados como a Disneilândia - lugares onde nossos desejos são pré-fabricados e nos vendidos de volta com custos financeiros e emocionais. Dar o nosso próprio significado ao mundo e criar nossas próprias maneiras de nos divertir agir nele são partes fundamentais da vida humana; hoje, por nunca estarmos em lugares que encorajem essa postura, não deveríamos nos surpreender que tantas pessoas se sintam desesperadas e frustradas. Por terem sobrado tão poucos espaços livres no mundo, e por nossa rotina nunca nos levar lá, somos forçados a ir em lugares como a Disneilândia para termos algo parecido com brincadeiras e aventuras. A verdadeira aventura pela qual nossos corações anseiam foi substituída pela falsa aventura, e a sensação de criar pelo torpor de ser um mero espectador.</span><br style="color: white;" /><br style="color: white;" /><span style="color: white;">O nosso tempo está tão ocupado e controlado quanto nosso espaço; de fato, a subdivisão do nosso espaço é uma manifestação do que já aconteceu com o nosso tempo. O mundo inteiro se move e vive de acordo com um sistema padronizado de tempo, projetado para sincronizar nossos movimentos de um lado do planeta com o outro.</span><br style="color: white;" /><br style="color: white;" /><span style="color: white;">Dentro deste sistema, todos nós temos nossas vidas regradas por nossos horários de trabalho e/ou horários de aulas, assim como pelos horários de funcionamento do transporte público e do comércio, etc. Essa organização das nossas vidas, que começa na infância, exerce um controle sutil mas profundo sobre todos nós: chegamos a esquecer que o tempo de nossas vidas é nosso para gastar como escolhermos, ao invés de pensar em termos de dias de trabalho, horas de almoço, e finais-de-semana. Uma vida verdadeiramente espontânea é impensável para a maioria de nós; e o chamado tempo "livre" é normalmente apenas tempo que foi reservado para fazer outra coisa que não trabalhar. Com que freqüência você vê o sol nascer? Quantas vezes você passeia em belas tardes ensolaradas? Se você tivesse a oportunidade inesperada de fazer uma viagem bacana neste fim-de-semana, você poderia ir?</span><br style="color: white;" /><br style="color: white;" /><span style="color: white;">Estes ambientes e horários restritivos limitam drasticamente o vasto potencial de nossas vidas. Eles também nos isolam uns dos outros. Nos nossos trabalhos, passamos uma grande parte do tempo fazendo um determinado tipo de trabalho com um determinado grupo de pessoas em um determinado local (ou pelo menos em um determinado ambiente, o que vale para operários de construção e empregados temporários). Experiências tão limitadas e repetitivas nos dão uma visão muito limitada do mundo, e não nos dá oportunidade de conhecer pessoas diferentes. Nossos lares nos isolam ainda mais: hoje nos mantemos trancafiados em pequenas caixas, em parte por medo daqueles a quem o capitalismo maltratou ainda mais que a nós, e em parte porque nós acreditamos na propaganda paranóica das empresas que vendem sistemas de segurança. Os subúrbios de hoje são cemitérios das comunidades, as pessoas empacotadas em caixas separadas... exatamente como a mercadoria no supermercado, lacrados para "maior frescor". Com grossas paredes entre nós e nossos vizinhos, nossos amigos e família, espalhados por cidades e nações, é difícil haver qualquer tipo de comunidade, muito menos compartilhar espaço comunitário no qual as pessoas podem se beneficiar mutuamente da criatividade alheia. Tanto o trabalho quanto as nossas casas, nos mantém amarrados a um lugar único, estacionários, incapazes de viajar ao longe no mundo exceto em rápidas férias.</span><br style="color: white;" /><br style="color: white;" /><span style="color: white;">Até mesmo nossas viagens são restritas e restritivas. Nossos métodos modernos de transporte - carros, ônibus, metrôs, trens, aviões - todos eles nos mantêm presos a trilhas fixas, vendo o mundo passar pela janela, como se fosse um programa de televisão particularmente chato. Cada um de nós vive em um mundo pessoal que consiste principalmente de destinações bem conhecidas (o local de trabalho, o mercadinho, o apartamento de um amigo, a boate) com alguns elos entre elas (sentado no carro, ficar de pé no metro, subir a escada), e poucas chances de encontrar algo inesperado ou de descobrir novos lugares. Um homem pode viajar pelas estradas de dez países sem ver nada além de asfalto e postos de gasolina, se ele ficar no seu carro. Presos a nossas trilhas (trilhos?), não conseguimos visualizar uma viagem </span><i style="color: white;">livre</i><span style="color: white;">, viagens de descoberta que nos poriam em contato direto com pessoas e coisas completamente novas a cada esquina.</span><br style="color: white;" /><br style="color: white;" /><span style="color: white;">Ao invés disso, ficamos sentados presos em engarrafamentos, cercados por centenas de pessoas na mesma situação que nós, mas separados deles pelas jaulas de aço de nossos carros - de forma que eles parecem mais com objetos em nosso caminho do que com seres humanos como nós. Nós pensamos que alcançamos mais partes do mundo com nossos transportes modernos; mas na verdade, quando vemos alguma coisa, vemos menos. Quando nossas capacidades de transporte aumentam, nossas cidades se espalham mais e mais no horizonte. E sempre que as distâncias aumentam, mais carros são necessários; mais carros precisam de mais espaço e então as distâncias aumentam de novo... e de novo. Neste ritmo, auto-estradas e postos de gasolina irão um dia substituir tudo pelo qual valia a pena viajar... isso quer dizer, tudo que ainda não virou um parque temático ou uma atração turística.</span><br style="color: white;" /><br style="color: white;" /><span style="color: white;">Alguns de nós vêem a internet como a "fronteira final", como um espaço livre, ainda não desenvolvido pronto para ser explorado. O ciberespaço pode oferecer ou não algum grau de liberdade para aqueles que conseguem pagar o acesso para usá-lo e explorá-lo; mas o que quer que ele ofereça, ele oferece sob a condição de deixarmos nossos corpos na chapelaria: amputação voluntária. Lembre-se, você é um corpo tanto quanto é uma mente: ficar sentando, parado, olhando luzes que brilham durante horas, sem usar os sentidos do toque, paladar e olfato, é liberdade? Você esqueceu a sensação de pisar descalço na grama úmida ou na areia quente, do cheiro dos eucaliptos ou de lenha queimando em suas narinas? Você se lembra do cheiro dos talos de tomate? A tremulação da chama de uma vela, a emoção de correr, nadar, tocar?</span><br style="color: white;" /><br style="color: white;" /><span style="color: white;">Hoje podemos recorrer à internet quando queremos emoções sem nos sentirmos enganados, pois nossa vida moderna já é tão limitada e previsível que esquecemos como a ação e movimento no mundo de real podem fazer a gente se sentir bem. Por que se acomodar com a liberdade limitada que o ciberespaço pode dar, quando existem muito mais experiências e sensações para sentir aqui no mundo real? Nós devíamos estar correndo, dançando, remando uma canoa, bebendo a essência da vida, explorando novos mundos - </span><i style="color: white;">quais</i><span style="color: white;"> novos mundos? Temos que redescobrir nossos corpos, nossos sentidos, o espaço à nossa volta, e então podemos transformar este espaço em um novo mundo ao qual podemos dar nossos próprios significados.</span><br style="color: white;" /><br style="color: white;" /><span style="color: white;">Para conseguir isso, precisamos inventar novos jogos - que possam ser jogados nos espaços já conquistados deste mundo, nos</span><i style="color: white;">shopping centers</i><span style="color: white;">, restaurantes e salas de aula, que vão destruir seus significados prescritos para que possamos lhes dar novos significados de acordo com nossos sonhos e desejos. Precisamos de jogos que nos unam, nos tirem da confinação e isolamento de nossas casas particulares, e nos tragam aos espaços públicos onde podemos nos beneficiar da companhia e criatividades dos outros. Assim como desastres naturais e blecautes podem unir as pessoas e trazer-lhes emoção (afinal, todo mundo quer um pouco de variedade emocionante em um mundo outrora terrivelmente previsível), nossos jogos vão nos unir para fazermos coisas novas e emocionantes. Devemos pintar poesia nas paredes das zonas comerciais, fazer </span><i style="color: white;">shows</i><span style="color: white;"> nas ruas, sexo em praças e em sala de aula, piqueniques de graça nos supermercados, festivais espontâneos nas auto-estradas...</span><br style="color: white;" /><br style="color: white;" /><span style="color: white;">Também precisamos inventar novas definições de tempos e novos modos de viajar. Tente viver sem um relógio, sem sincronizar o seu tempo ao tempo muito ocupado do resto do mundo. Tente fazer uma longa viagem a pé ou de bicicleta, de forma que você encontrará em primeira mão tudo pelo que você passar até chegar ao seu destino, sem vidros no meio. Tente explorar a sua própria vizinhança, olhando nos telhados e dobrando as esquinas que você nunca notou antes - você se surpreenderá com quanta aventura existe lá, esperando por voc<span style="color: #f3f3f3;">ê</span></span><span style="color: #f3f3f3;">!</span></span></span></div><div class="western" style="border: medium none; line-height: 0.4cm; margin-bottom: 0.26cm; padding: 0cm;"><br />
<br />
</div> </div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><span class="Apple-style-span" style="color: #464646; font-family: Tahoma,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15px;"></span><br />
<table class="contentpaneopen" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 0px; -webkit-border-vertical-spacing: 0px; border-collapse: collapse; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; width: 671px;"><tbody>
<tr><td class="contentheading" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #7a7a7a; font-family: Tahoma, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; font-weight: bold; line-height: 25px; margin-bottom: 10px; width: 670px;" width="100%"><br />
</td></tr>
</tbody></table><table class="contentpaneopen" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 0px; -webkit-border-vertical-spacing: 0px; border-collapse: collapse; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; width: 671px;"><tbody>
<tr><td valign="top"><br />
</td></tr>
</tbody></table></div><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>THIAGO VINICIUS DE ALMEIDA DA SILVAhttp://www.blogger.com/profile/06164186117722690526noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-15096845441601649042011-07-30T12:59:00.000-03:002011-09-06T22:04:37.336-03:00Um pouquinho de Teoria - Parte I<b>A FORMAÇÃO POLÍTICA DA CORRENTE LIBERTÁRIA (UMA LEITURA DO ANARQUISMO)</b><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
“Nós, os socialistas-anarquistas, existimos como partido separado, <br />
como programa substancialmente constante, desde 1868, <br />
quando Bakunin fundou a Aliança; e fomos nós os <br />
fundadores e a alma do rumo antiautoritário da <br />
‘Associação Internacional dos Trabalhadores’” <br />
<b>Errico Malatesta</b></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Nesse tema, buscaram-se respostas às questões: O que é o anarquismo? Quando ele surgiu? Quais são suas principais correntes estratégicas-táticas?. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Contrapôs-se a definição do anarquismo como um fenômeno ahistórico, que o inscreve no campo das práticas e discursos de uma ética humanista e libertária, independente das condições sociais e históricas. Afirmou-se, distintamente, que foi na segunda metade do século XIX, quando o capitalismo industrial se desenvolvia na Europa e as primeiras grandes lutas da classe operária tinham lugar, que a ideologia anarquista nasceu e ganhou expressão em práticas políticas de oposição ao socialismo legalista, estatista ou reformista. O anarquismo é a corrente libertária do socialismo, forjada historicamente na luta de classes como crítica, proposta e ação revolucionária. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O anarquismo ganhou variantes estratégicas na sua dinâmica, agregou elementos de discurso para pensar novas circunstâncias histórico-concretas e incorporou/desenvolveu modos específicos de organizar e expressar o socialismo e a liberdade nos conflitos sociais segundo seu tempo e lugar. É a referência histórica de um tronco de princípios e fundamentos que marcam a continuidade dessa tradição revolucionária na luta contra o capitalismo e os modelos de dominação. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O desenvolvimento de suas principais correntes estratégicas-táticas se deu por algumas escolas, organizações e por alguns autores do campo popular e socialista: o mutualismo operário e o socialismo de P.-J. Proudhon; Bakunin, a Aliança da Democracia Socialista e sua atuação na Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT ou Primeira Internacional); o comunismo anarquista de Kropotkin e Malatesta; a propaganda pelo fato e o “individualismo tático” (não confundir com o individualismo de matriz individualista como o de Godwin, Stirner etc.); o sindicalismo revolucionário e o anarco-sindicalismo. </div>
<br />
<br />
<b>HISTÓRIA SOCIAL DE PROCESSOS REVOLUCIONÁRIOS COM PARTICIPAÇÃO ANARQUISTA</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Os anarquistas têm protagonismo numa rica história social em que a guerra social, a revolução e o projeto constituíram lutas libertárias contra a ordem burguesa. A formação teve por objetivo a discussão, com alguma profundidade sobre alguns desses episódios da história social: Primeira Internacional, Comuna de Paris, o sindicalismo revolucionário no Brasil, Revolução Mexicana, Revolução Russa e Revolução Espanhola.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O espírito que permeou a discussão era o seguinte: buscar compreender os principais fatos do episódio revolucionário, avaliando quais foram seus aspectos positivos e negativos. Em suma, buscar aprender com esses processos e tirar deles lições que poderiam fortalecer as posições anarquistas em todos os sentidos e evitar que se cometam erros similares aos que foram cometidos no passado. Pontua-se abaixo alguns aspectos desses processos.</div>
<br />
<b>Primeira Internacional</b><br />
<div style="text-align: justify;">
A Associação Internacional dos Trabalhadores é a organização histórica do movimento operário revolucionário fundada em 1864 por inspiração do mutualismo proudhoniano e dos sindicalistas ingleses. A experiência dos internacionais dura até 1872, quando Bakunin, J. Guillaume, companheiros da ala federalista, são expulsos por um congresso fraudulento formado por uma maioria de aliados de Marx. As posições da ala federalista na Primeira Internacional lança as bases do que viria a se chamar sindicalismo revolucionário: solidariedade operária, independência de classe, táticas de ação direta.</div>
<br />
<b>Comuna de Paris</b><br />
<div style="text-align: justify;">
Uma insurreição popular toma conta da cidade de Paris, com apoio da Guarda Nacional e expulsa as autoridades. A Comuna de Paris é criada em 18 de março de 1871. A Comuna era constituída pelo comitê central de uma federação de delegados de bairro, com mandatos revogáveis e remuneração igual a dos operários. Louise Michel foi uma ativa militante da Comuna, junto de outros, tornando-se anarquista durante o processo de luta.</div>
<br />
<b>Sindicalismo revolucionário e luta libertária no Brasil</b><br />
<div style="text-align: justify;">
No Brasil, a atuação anarquista vai se dar, sobretudo, no impulso e na organização dos primeiros sindicatos de resistência e em grupos para a propaganda e a articulação na luta operária. Com o anarquismo, o movimento operário ganha definição classista, táticas de greve, sabotagem, forma uma cultura de resistência com imprensa, escolas, teatro. É realizado o Primeiro Congresso Operário Brasileiro, em 1906, de orientação sindicalista revolucionária, que funda a Confederação Operária Brasileira (COB). Lutas contra a carestia de vida, greves por redução de jornada, baixos salários, direitos sociais são heranças dessa época. </div>
<br />
<b>Magonistas e zapatistas na Revolução Mexicana</b><br />
<div style="text-align: justify;">
Em confronto com a ditadura do governo oligárquico de Porfírio Diaz, o latifúndio e os capitalistas estrangeiros, é desatada a revolução em 20 de novembro de 1910, tendo como precursora as agitações do Partido Liberal Mexicano (PLM). As forças liberais burguesas ocuparam a cena dos acontecimentos para chegar ao poder por uma revolução política. Uma disputa violenta entre coalizões e partidos se sucedeu até 1920. Os anarquistas do PLM e Ricardo F. Magón lançaram sua guerrilha do norte por uma revolução social. O exército camponês de Emiliano Zapata lutou por uma reforma agrária radical e fez do Estado de Morelos ao sul uma zona de municipalismo autônomo zapatista.</div>
<br />
<b>Revolução Russa e o poder dos sovietes</b><br />
<div style="text-align: justify;">
Pelo fim da guerra, contra a fome e a miséria que dilacerava o povo se levantou a luta revolucionária contra o Império dos czares russo. Em outubro de 1917 a revolução socialista colocou as fábricas na mão dos operários, deu a terra aos camponeses e liquidou os restos do sistema feudal. Socialistas e anarquistas faziam frente única até a que o partido comunista monopoliza o poder estatal e a sua burocracia usurpa o poder dos sovietes. O exército makhnovista da Ucrânia e os marinheiros de Kronstadt defendem até a morte os sovietes como órgãos de poder popular revolucionário.</div>
<br />
<b>Guerra e Revolução Espanhola</b><br />
<div style="text-align: justify;">
Quando as tropas reacionárias do general Franco se sublevam em 18 de julho de 1936 colidem imediatamente com a radicalização do proletariado. Se abre uma guerra em toda a Espanha que para os anarquistas será a vez de aplicar seus planos de revolução social. O anarquismo mobilizava a maior força social de todo o país. Tinha na Confederación Nacional del Trabajo (CNT) cerca de 2 milhões de trabalhadores organizados pelo anarco-sindicalismo. A revolução espanhola fez coletivizações agrícolas no campo e socialização de cadeias produtivas na indústria e serviços públicos. </div>
<div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-55527212618099726782011-07-26T12:54:00.000-03:002011-07-30T13:04:11.792-03:00Primeiro Curso de Formação Política do Fórum do Anarquismo Organizado – Região Sul<div class="article-subtitle"><b>Curitiba 23-24 de julho de 2011</b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-bhXX0wJocaY/TjQrb_sZ5yI/AAAAAAAAATQ/iBpf6OP3C4I/s1600/FAO-militancia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="216" src="http://3.bp.blogspot.com/-bhXX0wJocaY/TjQrb_sZ5yI/AAAAAAAAATQ/iBpf6OP3C4I/s320/FAO-militancia.jpg" width="320" /></a></div></div><div class="article-subtitle"><br />
</div><div class="article-subtitle" style="text-align: justify;">Reuniram-se em Curitiba, entre 23 e 24 de julho de 2011 algumas organizações especifistas do anarquismo brasileiro e também individualidades com afinidades com essa proposta para uma formação do Fórum do Anarquismo Organizado (FAO), conduzida pela Federação Anarquista Gaúcha (FAG) e organizada pelo Coletivo Anarquista Luta de Classes (CALC), de Curitiba. Além da FAG e do CALC, estiveram presentes as seguintes organizações: Federação Anarquista do Rio de Janeiro (FARJ), Organização Anarquista Socialismo Libertário (OASL), de São Paulo, Organização Dias de Luta, de Joinville, além de individualidades de Florianópolis e de outras regiões do sul/sudeste do Brasil com afinidade com a proposta do anarquismo especifista.</div><div class="article-subtitle" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="article-subtitle" style="text-align: justify;">Mais informações: <a href="http://www.anarkismo.net/article/20167">http://www.anarkismo.net/article/20167</a></div><div class="article-subtitle" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-42165839246911044532011-07-26T01:22:00.000-03:002011-07-26T01:24:48.638-03:00A las barricadasEstamos no mês de Julho e por isso nada mais justo que por uma merecida homenagem aos combatentes anarquistas que entrincheirados enfrentaram o facismo, coletivizaram terras, liberaram cidades e inspiraram gerações.<br />
<br />
19 de julho de 1936 - O exército é derrotado em Barcelona e em Madri graças aos heróicos esforços do povo, no dia 20 de julho o povo exige um estado revolucionário, o governo legal é incapaz de controlar a situação. Dia 21 de Julho tem início a Guerra Civil Espanhola.<br />
<br />
Esse vídeo com imagens da época e com o hino A Las Barricadas, que de certa forma sintetiza muito bem o sentimento do momento, é uma justa homenagem aos anarquistas espanhóis e aos demais anarquistas do mundo que se solidarizaram e enviaram ajuda ou se deslocaram até a Espanha para combater o facismo e tentar instaurar uma revolução social na Espanha.<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/32mMk9kQOmM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<br />
<br />
<br />
<b>A las Barricadas</b><br />
Letra (versión original):<br />
<br />
<i>Negras tormentas agitan los aires,<br />
nubes oscuras nos impiden ver,<br />
aunque nos espere el dolor y la muerte,<br />
contra el enemigo nos llama el deber.<br />
El bien más preciado es la libertad.<br />
hay que defenderla con fe y valor.<br />
Alza la bandera revolucionaria,<br />
que el triunfo sin cesar nos lleva en pos.<br />
Alza la bandera revolucionaria,<br />
que el triunfo sin cesar nos lleva en pos.<br />
¡En pie pueblo obrero, a la batalla!<br />
¡Hay que derrocar a la reacción!<br />
¡A las barricadas! ¡A las barricadas<br />
por el triunfo de la Confederación!<br />
¡A las barricadas! ¡A las barricadas<br />
por el triunfo de la Confederación! </i><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-85906232586468485102011-06-10T10:10:00.001-03:002011-08-27T12:04:43.902-03:00Nace el Frente de Estudiantes Libertarios (el FeL) - Argentina<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-E5V-tM0KFsI/TfIDw_pdYPI/AAAAAAAAASo/d1gFHs5YxYA/s1600/Fel%253DArgentina.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="190" src="http://4.bp.blogspot.com/-E5V-tM0KFsI/TfIDw_pdYPI/AAAAAAAAASo/d1gFHs5YxYA/s400/Fel%253DArgentina.png" width="400" /> </a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> <span style="color: #658253; font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"><br />
</span></div><div style="color: white; text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">La educación ha sido históricamente un espacio de disputa de ideas y proyectos políticos de todo tinte y color. Desde la reforma universitaria de 1918 hasta el proceso de 2010 -que encontró tomados colegios, universidades y terciarios- los y las estudiantes hemos sido parte de la vida política de la región, y más de una vez torcimos el rumbo de los acontecimientos con nuestras decisiones políticas. Supimos acompañar al movimiento obrero, luchando codo a codo con los y las trabajadores en el Cordobazo, y sufrimos juntos –todos y todas- la derrota. Sufrimos la represión y el exilio, y supimos también quedarnos a luchar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Hoy, luego de años de políticas neoliberales y represivas hacia la organización y la lucha, vemos sin embargo una recomposición de la izquierda y sus herramientas. También el anarquismo, como parte de este proceso, vuelve a levantarse luego de sufrir un duro golpe.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Hoy, entre el arco de ideas que denominan la izquierda, florece el anarquismo como una opción de emancipación de los oprimidos y explotados. Hoy el anarquismo vuelve a pisar fuerte en la arena política y social y vuelve a tener participación en la lucha de clases, por eso los estudiantes nos organizamos en base a sus principios.</span><br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"><b>¿POR QUÉ NOS UNIMOS LA T.A.E. Y LA F.E.L.?</b></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">En los últimos años hemos visto cómo los conflictos en el medio estudiantil van avanzando en materia de organización y van radicalizando sus medidas de lucha. El 2010 nos mostró cómo los y las estudiantes secundarios sostuvimos más de un mes la toma de colegios, con cortes de calles y movilizaciones. Vimos cómo los y las estudiantes universitarios seguimos este ejemplo de lucha y salimos a pelear por la educación pública, llegando a la histórica toma del Ministerio Nacional de Educación -medida que completó el triunfo de la facultad de Sociales. En estos hechos los metodos libertarios tuvieron fuerte influencia, ya que los métodos de organización fueron la asamblea como instancia máxima de decisión, la delegación con mandato de base sujeta a la aprobación del pleno, y la acción directa como arma de confrontación contra el Estado.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">El conflicto de 2010 nos encontró con varios años de experiencia luchando por nuestras reivindicaciones como estudiantes, organizados desde distintos espacios libertarios. Compañeros y compañeras de ambas organizaciones nos encontramos luchando codo a codo en el seno del movimiento estudiantil y en otras luchas populares, compartiendo la forma de intervenir y los principios que nos mueven a la acción. Esto nos mostraba que, pese a no pertenecer a una misma organización, estábamos transitando los mismos caminos. Pero hubo un momento donde entendimos que este andar común no era suficiente sino que debíamos avanzar en la construcción de la unidad estratégica de los y las anarquistas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Entendimos que en las diferentes facultades y secundarios, existía la necesidad de intervenir en los conflictos de manera contundente y coordinada como movimiento. Es por ello que sentimos, tanto la Tendencia Anarquista en Educación como la Federación de Estudiantes Libertarios, el apremio de pasar a tener unidad militante y así ampliar nuestra posibilidad de influencia en el medio estudiantil. Tomando consciencia de la necesidad de la unidad del movimiento anarquista hemos confluido en una sola organización dando origen al Frente de Estudiantes Libertarios.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">La confluencia fue resultado de meses de discusión política y programática y hoy nos permite crecer en número, fuerza y perspectiva política. Entendemos que se abre una nueva etapa, ya que la discusión orgánica con más compañeros y compañeras potencia nuestra militancia en cada espacio del medio estudiantil.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Acompañando la unión en materia de organización, hemos dado un salto cualitativo y cuantitativo en nuestros niveles de militancia, llegando a combatir en el nivel universitario, secundario y terciario. ¡El anarquismo se une y lucha!</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"><b>¿POR QUÉ ANARQUISTAS?</b></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">El anarquismo, doctrina o teoría, aparece como reacción de los trabajadores socialistas organizados. Está, en todo caso, ligada a una progresiva agudización de la lucha de clases. Es un producto histórico que se origina de ciertas condiciones en la historia, a raíz del desarrollo de la sociedad de clases – y no a través de la crítica idealista de unos cuantos pensadores específicos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Cuando decimos que el anarquismo es revolucionario, queremos decir que la organización anarquista está en constante contradicción y confrontación con el sistema actual. La forma que nos damos para organizarnos, así como nuestra finalidad, cuestiona de lleno la estructura vertical que organiza a la sociedad. Todas las instituciones existentes hoy en día (capitalistas y pre-capitalistas) están moldeadas de tal forma que reproducen el verticalismo, el autoritarismo, la dominación y la explotación. Es en este sentido que entendemos que todas ellas deben ser destruidas y reemplazadas por instituciones que representen la máxima libertad e igualdad y no relaciones de opresión y explotación por parte de una clase sobre otra.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Peleamos por una sociedad en donde no haya amos ni esclavos, explotadores y explotados, dirigentes y dirigidos, por lo que debemos desde un principio crearla con nuestras prácticas. Es por eso que pensamos que nuestra forma actual de organización -para la resistencia y la lucha- como la estructuración futura de la sociedad son dos de los puntos esenciales en el que nos diferenciamos del resto de las tendencias revolucionarias: si hoy nos damos una estructura vertical, burocrática, dirigencial, mañana veremos cómo esa organización planteada para hacer la revolución será la que nos explote y nos oprima. Nosotros entendemos que las relaciones que hoy establecemos a la hora de organizarnos tenderán a reproducirse a medida que avancemos en la organización. Por eso optamos por formas organizativas federalistas, sin jerarquías, sin opresión, sin autoridad, en perspectiva de que estas sean las bases de la sociedad futura.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"><b>¿POR QUÉ LA EDUCACIÓN?</b></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Consideramos que nuestra principal tarea hoy es reafirmar los lazos de solidaridad entre estudiantes y trabajadores. Éstos han existido en épocas anteriores, pero hoy en día se han roto o son muy débiles. Reconociendo que el estudiantado es -en su composición- policlasista, nuestro discurso y nuestra acción se dirigen hacia una parte de la masa estudiantil: aquellos sectores del estudiantado que estén dispuestos a organizarse codo a codo con la clase trabajadora, así como aquellos, que no son pocos, que ya se encuentran como asalariados activos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">El medio educativo es una institución del capitalismo, subordinado a las necesidades del capital y por ende a la reproducción del sistema. Como plantean los compañeros del UBA Factory “La universidad resulta clave para el desarrollo de las fuerzas productivas y para el mantenimiento de las relaciones de producción. Los estudiantes están llamados a cumplir un rol decisivo en la reproducción del sistema”.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">El ámbito educativo es un espacio en disputa, allí están plasmados los intereses empresariales, estatales, y los de quienes pretendemos una educación puesta al servicio del pueblo. La educación no es ni igualadora ni inclusiva, como se pretende hacer creer, sino que reproduce en su seno las diferencias de clase. En este sentido, quienes menos tienen, peor educación reciben –cuando pueden acceder a ella-, y quienes más tienen utilizan la educación para perpetuar y mejorar su condición. A la vez que luchamos por nuestras reivindicaciones, pretendemos que nuestro paso por el medio educativo -y el de quienes opten por acompañarnos en nuestro camino- sea una escuela de militancia hacia el futuro, así como un medio más para poder llevar adelante la revolución social.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">También es importante demostrar las contradicciones que se dan en el medio educativo como reflejo de las contradicciones del sistema capitalista, y que estas contradicciones sean brechas por las que se filtren las ideas revolucionarias. Buscamos concretamente la conformación y consolidación de un movimiento estudiantil clasista, combativo, antiautoritario, y revolucionario.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"><b>EL RESURGIR DE LA ORGANIZACIÓN DE LA CLASE</b></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">La clase trabajadora ha sido víctima de fuertes golpes a manos de la burguesía. Sin embargo, en los últimos años ha revitalizado su intervención en la política y ha resurgido otra vez de la derrota. El anarquismo como Idea y práctica, ha sido parte de este proceso.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Teniendo en cuenta la derrota histórica sufrida en los 70 así como la difusión de ideas posmodernistas que hablan del “fin de la historia” y la “desaparición de la clase obrera”, fue muy difícil hacer resurgir la organización y la lucha en un pueblo temeroso de la represión estatal. Esto fue acompañado por las políticas neoliberales de los 80 y los 90 que diezmaron económicamente a la clase trabajadora y a amplios sectores de la clase media. Sin embargo, la revuelta de 2001 conocida como “Argentinazo” marca un quiebre en el panorama y abre un camino de recomposición de la organización de los trabajadores en el cual los principios y prácticas libertarias (como las únicas que pueden garantizar la participación y el compromiso de todos los y las que luchan) tuvieron gran protagonismo. La acción directa, la organización asamblearia y el antiautoritarismo -valores que yacían en la memoria del pueblo y habían ido creciendo de manera embrionaria en la década del ’90- encontraron terreno propicio para revitalizarse y crecer. Las diferentes expresiones libertarias que, cada vez más, habitan tanto en el medio obrero como en el estudiantil, son parte de una regeneración del movimiento anarquista.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-dzgLzV8BWrY/TfIIeENampI/AAAAAAAAAS0/Lxl5doz5w6o/s1600/Crian%25C3%25A7as+Anarquistas.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-dzgLzV8BWrY/TfIIeENampI/AAAAAAAAAS0/Lxl5doz5w6o/s320/Crian%25C3%25A7as+Anarquistas.png" width="291" /></a><span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"><b>NUESTROS ACUERDOS</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Desde el Frente de Estudiantes Libertarios, como expresión del anarquismo organizado, vemos necesario contar con un piso de acuerdos desde el cual partir para desarrollar nuestra militancia. Estos son:</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"><b>Anticapitalismo</b></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Como anarquistas rechazamos y combatimos el capitalismo como forma de organización social, puesto que se basa en la opresión y la explotación de una clase sobre otra: la explotación de la burguesía sobre el proletariado. Entendemos que la existencia de una clase poseedora y de una clase expropiada no es algo “natural”, sino que es producto del desarrollo de la historia y la lucha de clases. Por esta razón, nos organizamos junto con la clase expropiada contra el orden vigente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Como anarquistas buscamos construir una sociedad de libres e iguales, lo que implica acabar con la explotación del hombre por el hombre, destruir al sistema capitalista y reconstruir la sociedad sobre nuevas bases. Además de esta visión general del capitalismo, entendemos que para poder luchar contra el sistema debemos tener bien clara la coyuntura en la cual estamos insertos. En la actualidad, la gran mayoría de la población padece las consecuencias de la avanzada neoliberal, basada en la superexplotación de los y las trabajadores y trabajadoras, quienes somos siempre la variable de ajuste (a través de la flexibilización, la tercerización, el avance sobre el salario real, el empeoramiento de las condiciones laborales, etc.), la destrucción del medioambiente por parte de un sistema que necesita mantener las ganancias bajando los costos (llevando a los empresarios a recurrir a todo tipo de tecnologías contaminantes y nocivas) y la destrucción de importantes conquistas del proletariado como la salud, el transporte, la vivienda, y el caso que nos toca más directamente como estudiantes: la educación pública, la cual viene siendo golpeada tanto con las privatizaciones como con el desfinanciamiento de nuestras escuelas, profesorados y facultades. Ambas medidas responden al interés del capital de reestructurar la educación en función de las necesidades de la acumulación de los capitalistas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> <b></b></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"><b>Antiestatismo</b></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">A la par del Anticapitalismo, levantamos como bandera el Antiestatismo, elemento esencial del movimiento libertario. El Antiestatismo es el resultado de dos principios que son, a la vez, guía y meta, y que fundamentan la acción de los y las anarquistas: la igualdad y la libertad. Esto se debe a que entendemos que todo Estado, como monopolio legítimo de la coerción por parte de una minoría, es la manifestación de relaciones desiguales basadas en la explotación y opresión de una clase propietaria por otra desposeida. Sólo perpetuándolas es que el mismo logra mantenerse y es -por otro lado y por esto mismo- el liquidador de cualquier iniciativa de cambio social. Por eso decimos que todo Estado (sea esclavista, feudal, capitalista o “socialista”) es un Estado de clase con un mismo objetivo: sostener la dominación de una clase sobre otra.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">En la brutal avanzada neoliberal del Capital sobre el trabajo, el Estado, lejos de no intervenir, lo hace para garantizar las condiciones de reproducción del capital. Por estas razones no depositamos ni una gota de confianza y declaramos la necesidad de barrer al Estado y construir un nuevo tipo de organización social donde podamos vivir en libertad e igualdad.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Es necesario, sin embargo, tener claro que nuestra crítica al Estado no implica dejar de pelear para obtener reivindicaciones, tanto en el plano sindical o gremial (como la lucha por salario, por presupuesto educativo, o por un boleto estudiantil garantizado por el Estado, etc). No hay contradicción aquí porque tenemos claro que no es desde la lógica estatal que se pueden resolver de fondo estos problemas, sino con la lógica de la lucha, arrancándole al Estado y las clases dominantes, conquistas que mejoran la educación de todos y todas. Son estas victorias parciales, las que permiten a los que luchan tomar conciencia de su rol potencial para cambiar las cosas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Pero al mismo tiempo que nos declaramos en contra de cualquier Estado actual, también nos declaramos en contra de recurrir a la vía estatal para transformar la sociedad. Esta errada estrategia ha derivado siempre en salidas burocráticas que no han hecho más que perpetuar la explotación y la opresión. Los supuestos Estados “obreros” por más que han aparentado ser experiencias “socialistas”, no han sido más que degeneraciones de verdaderas experiencias revolucionarias, dictaduras de partidos autoritarios que ahogaron la iniciativa de los trabajadores. Consideramos que el Estado es una institución que no puede nunca servir a los objetivos libertarios – independientemente de las intenciones subjetivas de quienes lo ocupen.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Esto no implica, por supuesto, que los explotados no tengan que organizarse (en todos los niveles y con todos los medios) contra el poder de la burguesía para la construcción de un poder obrero hasta terminar con la división de la sociedad en clases. El modo de organización que debemos darnos para enfrentar al Estado, debe contener en germen la sociedad que queremos construir. En palabras del anarquista ucraniano Néstor Makhnó: “La liquidación total y definitiva del Estado sólo puede producirse en la medida en que la lucha de los trabajadores se desarrolle en los parámetros más libertarios posibles, determinando los trabajadores por sí mismos las estructuras de su acción social. Estas estructuras deberán asumir la forma de órganos de autogestión económica y social, al modo de los soviets libres ‘antiautoritarios’”. Por ende, la gestión y control de los trabajadores, los cuales se manejen de forma democrática, debe ser el método adoptado para transformar la sociedad y construir ese mundo nuevo, el cual no se gestará en un instante, sino que será el resultado de un proceso en el cual los trabajadores, a través de sus organizaciones de clase, tomen en sus manos la administración de la vida económica, política y cultural, sin la necesidad de ninguna minoría iluminada y vanguardista que la guíe.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"><b>Clasismo</b></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Nos declaramos clasistas porque entendemos que en el capitalismo, la clase obrera es la única clase que puede encarnar en sí misma un programa revolucionario. Esto se debe a diversas razones: su posesión colectiva (y no propiedad), de los medios de producción y distribución, condición que les permitirá expropiar a los capitalistas por ser los trabajadores los únicos que producen todo sin explotar a nadie – creando una sociedad a su imagen y semejanza.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Puesto que entendemos que la clase trabajadora es una clase mundial, al ser el Capitalismo un sistema a escala global, creemos que la lucha contra el capital es internacional, y si bien reconocemos la existencia de potencias imperialistas, rechazamos cualquier política de alianza de clases con la burguesía local, la cual no podrá ni querrá jamás dejar de explotar a los trabajadores. Afirmamos que el antiimperialismo sólo puede ser verdaderamente consecuente dentro del Anticapitalismo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Entender la centralidad de la clase trabajadora como sujeto primordial de la revolución no quiere decir que no haya otros sujetos que sean explotados y oprimidos, sino que estos cumplen otra función a la reproducción del sistema, pero no pueden, por sí solos/as destruir al capitalismo, sino que deben acompañar al proletariado en su marcha hacia una nueva sociedad.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">En el caso de los estudiantes, consideramos que un programa de máxima debe ser la expropiación del sistema educativo de las garras del Capital y los intereses del mercado. Como organización que milita en al ámbito estudiantil, el clasismo es un eje rector de nuestra militancia y por eso apuntamos a construir un movimiento estudiantil que se proponga luchar codo a codo con la clase trabajadora, dando su apoyo concreto en las luchas, tanto afuera como adentro del ámbito educativo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">También es parte de una política clasista en educación combatir el carácter elitista y excluyente del sistema educativo y poner en el centro de nuestras reivindicaciones aquellas que van en el sentido de frenar el avance de la burguesía sobre los contenidos, las políticas educativas y pedagógicas en general, la producción de conocimiento, las ventajas para el acceso y permanencia y la mercantilización de la educación. En este sentido, luchar por las reivindicaciones concretas como el aumento en el presupuesto o el no alargamiento de las carreras es encarar una lucha a favor de los intereses de los trabajadores, puesto que son aquellos quienes buscan acceder en su gran mayoría al sistema educativo público, y quienes más sufren estas medidas antipopulares.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"><b>Antiautoritarismo</b></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Levantamos la bandera del antiautoritarismo, puesto que rechazamos cualquier relación social en la cual uno o varios individuos quitan a otros y otras la posibilidad de decidir sobre sus acciones, cualquiera sea el ámbito.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Entendemos que el sistema capitalista fomenta todo tipo de expresiones autoritarias, y por eso, como militantes libertarios buscamos ayudar a que los estudiantes sean conscientes de éstas y puedan erradicarlas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> Por esto mismo es que luchamos contra cualquier actitud opresora como el machismo, el sexismo, el racismo, etcétera. En este sentido, combatimos cualquier expresión de autoritarismo en nuestros espacios de militancia, al igual que nos dotamos al interior de nuestra organización de las herramientas para evitar que surja cualquier expresión de autoritarismo o burocracia.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-8GKWuiKnrEg/TfIK-p-R4cI/AAAAAAAAAS4/a4G68hrLOCE/s1600/AnarcoFeminismo.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-8GKWuiKnrEg/TfIK-p-R4cI/AAAAAAAAAS4/a4G68hrLOCE/s320/AnarcoFeminismo.png" width="263" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"></span><span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"><b>Anarcofeminismo</b></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">En la sociedad capitalista la enorme mayoría de las mujeres están sometidas a una doble opresión: en tanto trabajadora, sometida por el patrón, y en tanto mujer, sometida al yugo patriarcal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">El patriarcado es un sistema que se basa en la dominación del hombre por sobre las mujeres y sobre las diversas minorias sexuales.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">En la actualidad es un pilar fundamental para la reproducción del capitalismo, entre otras cosas por generar relaciones de violencia (y por ende división) al interior de la clase trabajadora, por cosificar el cuerpo de la mujer y garantizar la prostitución (negocio que genera enormes ganancias para la burguesía), etc.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">El anarco-feminismo que nosotros militamos se basa en la búsqueda de la independencia y la libertad en igualdad de condiciones tanto para hombres como para mujeres. Una organización y vida social donde nadie sea entendido como superior o inferior a nadie, donde todos y todas seamos iguales en todos los planos de la vida social, incluso los privados. Buscamos la destrucción de la opresión patriarcal en cualquiera de sus manifestaciones.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Por ende nos reivindicamos feministas, entroncando así con una larga tradición de lucha que se remonta de larga data pero al mismo tiempo levantamos el feminismo clasista: el anarcofeminismo. Si bien es cierto que la opresión patriarcal excede la dominación de clase, es igual de cierto que aquella está íntimamente ligada a la reproducción del sistema capitalista, el cual sólo puede ser barrido por el sujeto revolucionario por excelencia: el proletariado.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"><b>Acción directa y democracia directa</b></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Como anarquistas, reivindicamos y buscamos la utilización de la acción directa, entendiendo ésta como la acción llevada adelante por los propios interesados y decidida en asamblea por todos. Es por esto que en nuestros espacios de militancia buscamos que los estudiantes decidan democráticamente y ejecuten la acción directa ya sea con tomas, cortes de calle, clases públicas, etc., sin delegar el poder de decisión y acción. Para nosotros y nosotras, los y las anarquistas organizados, la acción directa no se basa en la acción de una minoría que hace lo que quiere sin importarle lo que decida la mayoría, ni tampoco es una acción violenta sin sentido que se reproduce en el estereotipo del anarquista ”violento”. La acción directa como la entendemos se basa en romper con la lógica puramente delegativa e institucional en la cual los estudiantes terminamos dejando todo en manos de nuestros representantes quienes “resuelven” nuestros problemas por las vías legales. Por el contrario, las experiencias de la lucha estudiantil han demostrado que el único camino con el cual se avanza y se gana es con la acción directa decidida y puesta en práctica entre todos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">De la acción directa se desprende la necesidad de otro método que consideramos vital para la organización anti-autoritaria: la democracia directa entendida como la toma de decisiones de conjunto, a través de la posibilidad de expresar cada una de las voluntades de forma individual en cada una de las instancias de toma de decisión, sea esta una asamblea, una comisión abierta, etc.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Sabemos que tanto la acción como la democracia directa, entendidas como la discusión y puesta en práctica de propuestas y decisiones sin ningún tipo de intermediario, son principios consecuentes con una organización de tipo horizontal y no jerárquica que entendemos debería tomar el conjunto del movimiento estudiantil. Ambos métodos presentados son complementarios e inseparables para una organización que cuestione y no reproduzca las relaciones sociales establecidas por el sistema capitalista. De esta manera es posible decidir y ejecutar las acciones que responden a los intereses del movimiento sin desviarse a intereses ajenos a él.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"><b>Federalismo</b></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Como anarquistas, levantamos el federalismo como herramienta esencial tanto para la construcción de todas las organizaciones de lucha (estudiantiles, sindicales, etc.), así como también para la sociedad futura que buscamos construir.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">El federalismo se basa en la integración de lo múltiple, oponiéndose a la idea de la centralización como forma organizativa. Así, buscamos la participación de todos en espacios federalistas basados en la horizontalidad (ya que todos somos iguales a la hora de discutir, decidir y actuar), la democracia directa (con la asamblea como instancia donde todos discutimos y decidimos en conjunto), y la auto-disciplina (ya que todos participan por voluntad propia y sin que los obliguen, y por lo tanto han de asumir las responsabilidades que esto implica).</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">El sistema federativo permite que todos los integrantes de la organización tengan igual capacidad de participación y decisión. Éste se basa en la democracia directa, donde los mandatos de base son comunicados o ejecutados por los delegados designados para ello. Los delegados tienen la obligación de comunicar sólo lo que las bases hayan decidido; de lo contrario, la asamblea puede revocarlos. Además, estos delegados deben ser rotativos para fomentar la participación y formación entre compañeros, al mismo tiempo que evitar la burocratización. El federalismo es una herramienta coherente con la búsqueda de la democracia, al mismo tiempo que una forma eficaz para evitar la división entre una minoría dirigente y una mayoría que acate decisiones, siendo de la asamblea de base de donde salgan las líneas políticas para el conjunto y no a la inversa.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"><b>Necesidad de la Organización</b></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Desde el Frente de Estudiantes Libertarios afirmamos con fuerza la necesidad de estar organizados, para poder potenciar nuestra militancia y lograr conseguir nuestros objetivos. En palabras de un clásico del anarquismo organizado, el italiano Errico Malatesta: “La organización, que por lo demás es sólo la práctica de la cooperación y de la solidaridad es condición natural y necesaria para la vida social: constituye un hecho ineluctable que se impone a todos, tanto en la sociedad humana en general como en cualquier grupo de personas que tenga un fin común que alcanzar”. Contrario al estereotipo del anarquismo como movimiento individualista y desorganizado, consideramos esencial estar organizados en tanto anarquistas para poder llevar nuestros principios a los espacios donde militamos. Sólo así podremos darle al conjunto del movimiento estudiantil el carácter más democrático, clasista y combativo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> No sólo creemos que puede haber organización sin autoridad, sino que afirmamos que la desorganización es lo que crea la autoridad, primando los intereses particulares por sobre los intereses generales, la iniciativa, y la creatividad revolucionaria.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> Sabemos bien que al no estar organizadas se limitan nuestras posibilidades de poder alcanzar nuestros propósitos, tanto en corto como largo plazo. La organización revolucionaria que buscamos construir debe tender a los principios de la igualdad de deberes y derechos, de cada uno según su capacidad y a cada uno según su necesidad. Como anarquistas, nos resulta imprescindible estar organizados para luchar contra el Estado y el Capital: a su organización autoritaria y opresora, oponemos nuestra organización libertaria, clasista y revolucionaria.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"><b>¡Por la revolución social!</b></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">Estos acuerdos son la base que nos permite posicionarnos frente a los problemas tanto del sistema educativo como de la sociedad en general. En base a estos, definimos nuestra estrategia general y delineamos las tácticas particulares a aplicar en los distintos espacios en los que estamos insertos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;">A partir de dichos acuerdos queremos continuar y profundizar nuestro aporte a la lucha de clases: en tanto que estudiantes anarquistas buscamos construir un movimiento estudiantil clasista y combativo, que retome los métodos históricos de lucha como son la asamblea y la acción directa. Un movimiento estudiantil que se reconozca como tal y entienda que la causa de todos sus males es el sistema social imperante, basado en la explotación y opresión de la gran mayoría de la población por parte de la burguesía. Un movimiento estudiantil que, entendiendo la necesidad de romper con el Capitalismo empalme su lucha junto a los trabajadores y trabajadoras.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> En los últimos años este movimiento ha comenzado a resurgir de las cenizas de la represión y el individualismo, y nosotros como militantes revolucionarios hemos sido parte activa del mismo. La creación del Frente de Estudiantes Libertarios nos permitirá seguir construyendo el socialismo y la libertad.</span></div><span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"></span></div><div class="separator" style="clear: both; color: white; text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"> <br />
Leé todo el volante en: <a href="http://issuu.com/fel-arg/docs/fusion-fel" rel="nofollow" style="text-decoration: none;" target="_blank">http://issuu.com/fel-arg/<wbr></wbr>docs/fusion-fel</a><br />
<br />
Web: <a href="http://www.fel-arg.org/" rel="nofollow" style="text-decoration: none;" target="_blank">http://www.fel-arg.org/</a><br />
Email: <a href="mailto:fel.argentina@gmail.com" style="text-decoration: none;" target="_blank">fel.argentina@gmail.com</a><br />
Facebook: <a href="http://www.facebook.com/fel.argentina" rel="nofollow" style="text-decoration: none;" target="_blank">http://www.facebook.<wbr></wbr>com/fel.argentina</a><br />
Twitter: <a href="http://twitter.com/felargentina" rel="nofollow" style="text-decoration: none;" target="_blank">http://twitter.com/<wbr></wbr>felargentina</a><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #658253; font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 16px;"><br />
</span></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-33974738653150983812011-05-30T14:11:00.000-03:002011-06-10T09:51:59.504-03:00I Seminário Anarquismo e Sindicalismo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-IUPaaJesawM/TePPRQnwFjI/AAAAAAAAASk/FIOBN9OWVFA/s1600/Caratz1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="282" src="http://1.bp.blogspot.com/-IUPaaJesawM/TePPRQnwFjI/AAAAAAAAASk/FIOBN9OWVFA/s400/Caratz1.jpg" width="400" /></a></div><br />
<br />
Programação do Evento:<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
19h – Conferência:<br />
<br />
“<b>A C.O.B. e a prática territorial do sindicalismo anarquista</b>”<br />
Amir El Hakim de Paula (USP)<br />
<br />
“<b>Ideologia e Estratégia em Neno Vasco: anarquismo e sindicalismo<br />
revolucionário</b>”<br />
Felipe Corrêa Pedro (USP)<br />
<br />
Coordenador da Mesa:<br />
Rodrigo Rosa da Silva (USP)<br />
<b><br />
Informações dos membros da Mesa:</b><br />
<br />
<b>Amir El Hakim de Paula</b>,<i> Bolsista CAPES, Doutorando pela Faculdade de Geografia<br />
da Universidade de São Paulo e Mestre em Geografia da Universidade de São<br />
Paulo. Professor de Ensino Básico. Participante do Grupo de Estudos Movimento<br />
Operário Autônomo.</i><br />
<br />
<b>Felipe Corrêa Pedro</b>,<i> editor, pós graduado pela Escola de Sociologia e<br />
Política de São Paulo e pesquisador do anarquismo e dos movimentos populares.<br />
Mestrando na Universidade de São Paulo. Militante da Organização Anarquista<br />
Socialismo Libertário, da Organização Popular Ayberê e do Movimento dos<br />
Trabalhadores Rurais Sem-Terra, pela regional de São Paulo. Participante do<br />
Grupo de Estudos Movimento Operário Autônomo.</i><br />
<br />
<b>Rodrigo Rosa da Silva</b>,<i> Doutorando em Educação pela Universidade São Paulo.<br />
Mestre em História Social do Trabalho pela Universidade Estadual de Campinas.<br />
Graduado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Membro da<br />
Biblioteca Terra Livre e participante do Grupo de Estudos Movimento Operário<br />
Autônomo.</i><br />
<br />
<b>Local:<br />
Antiga Biblioteca de Geografia e História – FFLCH/USP<br />
Dia: 01/06<br />
A partir das 19h</b><br />
<br />
Contato:<br />
<a href="mailto:bibliotecaterralivre@gmail.com" target="_blank">bibliotecaterralivre@gmail.com</a><br />
--<br />
Biblioteca Terra Livre<br />
<a href="http://www.blogger.com/goog_1354851956">http://bibliotecaterralivre.</a><wbr></wbr><a href="http://wordpress.com/">wordpress.com</a><br />
<a href="mailto:bibliotecaterralivre@gmail.com" target="_blank">bibliotecaterralivre@gmail.com</a><br />
<br />
Endereço posta/Postal address:<br />
Caixa Postal 195<br />
São Paulo - SP - Brasil<br />
01031-970<div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-54671485788278685982011-05-06T21:41:00.000-03:002011-06-10T09:56:30.925-03:00Carta de Raúl Zibechi en apoyo a Bachajón y al zapatista Patricio Domínguez Vázquez<div style="text-align: justify;"><a href="http://javiersoriaj.files.wordpress.com/2011/05/179941_encuentro_en_oventik_bco.jpg"><img alt="" class="alignleft size-full wp-image-1572" height="200" src="http://javiersoriaj.files.wordpress.com/2011/05/179941_encuentro_en_oventik_bco.jpg?w=191&h=200" title="179941_encuentro_en_oventik_bco" width="191" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #3366ff;">Recojo el certero análisis de Raúl Zibechi sobre la situación en México, y también en Colombia, Brasil… y toda América Latina: la guerra es por la tierra, guerra para expulsar campesinos, para apropiarse de la tierra, llevada a cabo por políticos que trabajan para las multinacionales. Saludos a todas y todos los que siguen luchando por defender sus tierras, las tierras de sus abuelos, las tierras de los más remotos antepasados.</span><br />
<br />
<a name='more'></a><br />
</div><br />
Montevideo, 2 de mayo de 2011. Raúl Zibechi<br />
<div style="text-align: justify;"><a href="mailto:Querid@s">Querid@s</a> compas del Movimiento por Justicia del Barrio y La Otra Campaña de Nueva York: <b>el único delito</b> que cometieron los ejidatarios de San Sebastián Bachajón <b>es querer vivir en sus tierras</b>, las tierras de sus abuelos, de sus más remotos antepasados, que ahora quieren ser apropiadas por las multinacionales del dinero y la muerte. Los cinco <b>ejidatarios presos desde el 3 de febrero</b>, así como Patricio Domínguez Vázquez, detenido a mediados de abril en el ejido Monte Redondo del municipio de Frontera Comalapa, son <b>víctimas de la clase política que trabaja para las multinacionales</b>. <b>La guerra hoy es por la tierra</b>, por apropiarse de la vida que ella<span id="more-1571"></span> alberga y reproduce, y para eso los indígenas y campesinos son meros estorbos de los cuales es necesario deshacerse. Desde que el capital decidió que todo es mercancía para hacer negocios y acumular más capital, no queda ya espacio ni rincón del planeta que pueda librarse de esa ambición. <b>Para apropiarse de la tierra, desataron lo que los zapatistas denominan como cuarta guerra mundial que en América latina pasa por la expulsión de millones de personas de más de alrededor de cien millones de hectáreas en disputa</b>. Los grandes proyectos de minería a cielo abierto, de monocultivos de caña de azúcar, maíz y soya para producir gasolina, y las plantaciones de árboles para fabricar celulosa, están matando la vida y la gente de sur a norte. En algunos casos, como le sucedió a Patricio, no sólo es encarcelado sino le quemaron y destruyeron su casa porque en realidad buscan que abandone su tierra. Esa es la guerra que ya lleva sesenta años en Colombia, que permitió que más de cuatro millones de hectáreas pasaran de los campesinos a manos de los paramilitares ya que ellos se ofrecen como seguridad de las multinacionales. <b>Una guerra para expulsar campesinos</b>, más de tres millones en los últimos veinte años, para despejar territorios que se convierten en espacios para la especulación del capital. En Colombia, los territorios de la guerra coinciden exactamente con los territorios que ambicionan las grandes mineras y los megaproyectos de infraestructura. Lo mismo está sucediendo en todo el continente. El gobierno de Brasil está convirtiendo los ríos amazónicos en fuentes de energía barata para las grandes empresas brasileñas y del Norte. Para eso construye gigantescas represas en cuya construcción trabajan diez, quince y hasta veinte mil obreros mal pagados y peor alojados, nuevos esclavos al servicio de gobiernos sumisos al capital. Cuando se rebelan, como sucedió en Jirau (estado de *Rondônia) en el mes de marzo, son acusados de “bandidos”. Lo que más duele, y lo que más enseña, es cómo la clase política que alguna vez dijo ser de izquierda se une con la clase política que siempre fue de derechas para expulsar y encarcelar campesinos e indígenas, mostrando que son todos iguales cuando se trata de atacar a los de abajo para hacer negocios para los de arriba. Y usan argumentos “ecológicos” porque aprendieron las excusas políticamente correctas para disimular el despojo. Desde este rincón del continente, me uno a ustedes que desde Nueva York realizan la campaña por la libertad de los cinco de Bachajón y por Patricio. El Movimiento por Justicia del Barrio, al que pude conocer en enero de 2009 durante el festival de la Digna Rabia en San Cristóbal de las Casas, muestra que la solidaridad y la fraternidad entre los pueblos no conoce fronteras, ni puede esperar nada de los arriba ni de las instituciones, y que sólo dependemos de nosotros mismos.</div><div style="text-align: justify;">Salud, Raúl Zibechi</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">*Correção nossa. </div><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-3858602599532625002011-05-02T07:10:00.000-03:002011-05-02T07:10:57.725-03:001º de Maio, nosso Maio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwqpxHXFW-pjzoMYXXFGn-AQ2WU8H50lUXxS2gWo366H4yFmB38FZX8dVFsURVRwYUHkvbLa-wrzjjmt8inFQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-54303698978734320932011-04-28T10:01:00.000-03:002011-04-28T10:01:54.904-03:00Proudhon e a Economia SolidáriaTexto enviado a lista de emails do GT Geografia e Anarquismo da CONEEG.<br />
<br />
<span style="font-size: x-large;"><b>Economia Solidária é Revolução</b></span><br />
<br />
<b><i>""Capital"... no campo poltico é análogo a "governo"... A ideia econômica de capitalismo, as políticas de governo ou de autoridade, e a ideia teológica de igreja são tres ideais identicos, de várias formas, vinculados. Atacar uma delas é o equivalente a atacar todas elas... o que o capital faz ao trabalho, e o Estado à Liberdade, a Igreja faz com o espírito. Esta trindade do absolutismo é tão perniciosa na prática quanto o é na filosofia. O meio mais efetivo de oprimir os povos seria simultaneamente escravizar seu corpo, sua vontade e sua razão." </i>Pierre Joseph Proudhon<i> Confissões de um revolucionário</i>, (Paris: Garnier, 1851), p. 271.</b><br />
<b><span style="font-size: medium;"><br />
"Quem quer que seja que, para organizar o trabalho apela ao poder e ao capital, mentiu; porque a organização do trabalho deve ser a derrocada do capital e poder".</span><span style="font-size: medium;"> <i>Pierre Joseph Proudhon</i></span></b> <span style="font-size: medium;">in Sistema das Contradições Econômicas ou Filosofia da Miséria, Tomo II (pág.322) </span><br />
<br />
Textos do campônes, proletário, Pierre Joseph Proudhon sobre a Economia Solidária, a Revolução Social :<br />
<br />
"Pôr em ligação direta, qualquer que seja a distância que os separa, o produtor e o consumidor, e consequentemente... suprimir, tanto quanto possível, os intermediários.<br />
Este resultado, observado à primeira vista, conduziu à ideia dos estaleiros...<br />
Assim unidos, ligados entre eles pela rede de circulação, em correspondência perpétua e instantânea pelo telégrafo, estes novos instrumentos de troca, formariam um imenso mercado, único e permanente, uma bolsa continua, onde o preço dos artigos se equilibre, rodeada de todas as garantias de boa fé e de certeza, e dum movimento uniforme...<br />
Deste modo... pelo estabelecimento dos estaleiros, todo o sistema comercial é revolucionado de alto a baixo... (Réf. à opérer, cap. V.)<br />
A formação dum organismo especial, uma sociedade, é necessária; falta uma única resolução... é chamar a fazer parte da nova Sociedade, sem limitação de número nem de prazo, todos aqueles que, pelo seu trabalho, as suas trocas, o seu consumo, as necessidades da sua indústria, etc., estão interessados na nova instituição; noutros termos, é de tomar como comanditários da sociedade mesmo aqueles que devem vir a ser seus clientes...<br />
A Sociedade, sendo somente um estabelecimento de comissão, de troca e de crédito, simples intermediário entre os produtores e os consumidores... agiria sempre por conta de outrem..."<br />
<br />
<span style="font-size: medium;">l.º - A federação agrícolo-industrial</span><br />
<br />
Casar a agricultura com a indústria... a causa dos camponeses é a mesma dos trabalhadores da indústria, a marianne dos campos é a contrapartida da social das cidades... Cabe à democracia industrial das grandes cidades... encontrar os pontos de ligação que existem entre ela e a democracia camponesa. (Cap. Pol., liv. I, cap. II.)<br />
A finalidade destas federações particulares é subtrair os cidadãos... à exploração capitalista. Elas formam, no seu conjunto, em oposição à feudalidade financeira, hoje dominante, o que chamaria uma federação agrícolo-industrial...<br />
A feudalidade financeira e industrial tem por objetivo consagrar, pela monopolização dos serviços públicos, pelo privilégio da instrução, o parcelamento do trabalho, o interesse dos capitais, a desigualdade do imposto, etc., a degradação política do povo, a escravidão económica do assalariado; numa palavra: a desigualdade de condições e de fortunas. A federação agrícolo-industrial, pelo contrário, tende a fazer atingir, cada vez mais, a igualdade através da organização, ao mais baixo preço e noutras mãos que não as do Estado, de todos os serviços... pela mutualidade do crédito e dos seguros... pela garantia do trabalho... (Princ. Féd., cap. XI.)<br />
A pequena indústria é tão grande asneira como a pequena cultura:... é a igualdade das fortunas que é preciso procurar, não o desmenbramento industrial. A grande indústria e a grande cultura aparecem-nos devido ao grande monopólio e à grande propriedade: é preciso no futuro fazê-las nascer da associação. (Carnets, 6 de Set. de 1846.)<br />
<br />
<span style="font-size: medium;">2.º - Os agrupamentos de consumidores</span><br />
<br />
Na via em que a civilização está empenhada... , tende-se sempre para o despotismo do monopólio, e consequentemente para a opressão dos consumidores. (Contr. Écon., cap. VII.)<br />
Se cada produto só encontrar escoamento para os produtores de espécie diferente, a garantia de mercado só pode ser obtida, em principio, por uma convenção entre os produtores e os consumidores.<br />
Esta convenção, em geral fácil pelo lado do produtor, sobretudo quando não existe monopólio, sê-lo-á tanto mais da parte da clientela, quanto esta se encontrar formada por grupos que possam tratar, com um só homem, quer do seu consumo coletivo, quer mesmo, em certos casos, dos seus consumos individuais... (Des Réf. à opérer, cap. V.)<br />
<br />
<span style="font-size: medium;">3.º - O sindicato geral da produção e do consumo</span><br />
<br />
O que nós pedimos é uma certa solidariedade, não só abstrata, mas oficial, entre todos os produtores, entre todos os consumidores e entre os produtores e os consumidores. É a conversão em direito... das leis absolutas da ciência económica. Nós fazemos depender deste pacto a garantia do nosso bem-estar. (Solut. du Probl. Soc.)<br />
Foi criada, desde a presente data, para este fim, uma divisão especial, sob o titulo de Sindicato geral da Produção e do Consumo. (Banque du Peuple.)<br />
É preciso que o exército dos trabalhadores-consumidores absorva o exército capitalista. (Carnets, l.º de Outubro de 1847.)<br />
Quando se fala de produtores,... quando se fala de consumidores... não se trata de classes de homens; trata-se de pontos de vista que se opõem... Estabelecer a Justiça na troca, regularizar a circulação, será, ao mesmo tempo, regularizar o consumo e a produção, e transformar a propriedade e o salariato. (Carnets, 6 de Março de 1847.)<br />
<br />
<span style="font-size: medium;">4.º - A organização cooperativa dos serviços</span><br />
<br />
- O comércio:<br />
- Na fase do pormenor: um sistema ‘Leclerc’ cooperativo:<br />
<br />
Se a igualdade no comércio fosse conseguido, um progresso novo, um progresso imenso seria realizado em direcção à igualdade das fortunas... Perseverando nessa direcção igualitária, que viria a ser, muito em breve, da hierarquia, o sistema de subordinação e de autoridade?<br />
Nestes últimos tempos, o governo imperial tentou regulamentar o comércio de carne e de panificação, a produção de álcoois, etc. À custa de multas, conseguiu fazer respeitar as suas taxas; mas como não depende do governo marcar o preço natural das coisas, muito menos ainda eliminar do preço corrente as sobrecargas com que o parasitismo o agrava, o governo só teve êxito em constatar oficialmente que o pão estava caro, a carne caríssima, as aguardentes inacessíveis e sancionar esta carestia. O governo, que não garantiu nenhuma invenção, lembrou-se, de repente, para bem do povo, de garantir a carestia dos alimentos. Que filantropia!<br />
No entanto, um capitalista (M. Delamarre) aproveitando uma ideia socialista, diz: não aspiro a fixar o preço das coisas; mas praticarei um comércio verídico, farei uma vida barata, não sendo, para já, completa a troca legal. Usarei de lealdade comercial, não por virtude, mas por especulação, e obterei melhores resultados...<br />
M. Delamarre abriu um grande armazém onde oferece ao público, a preço de revenda, toda a espécie de produtos, garantidos pela natureza, quantidade, qualidade e peso. Por preço de revenda, M. Delamarre entende os encargos do produtor, que ele não discute, aumentados de l0% a saber: 5% de lucro para o produtor, 2,5% para os encargos de armazém, 2,5% para lucro dele, Delamarre. Existe, como ele próprio o diz, lealdade comercial; não há ainda igualdade, porque nos encargos do produtor e nos 10% de suplemento entram ainda, em grande número, elementos parasitas.<br />
Que seria preciso para que a reciprocidade fosse completa ?<br />
Seria preciso, independentemente da expurgarão absoluta do parasitismo, que o armazém geral, ou estaleiro, em vez de estar por conta dum empresário, estivesse por conta dos próprios produtores, garantindo uns aos outros lealdade e sinceridade.<br />
A quem pode pertencer o direito de debater e fixar, conforme a hora e o lugar, o preço exacto de cada coisa, se são os produtores-consumidores, reciprocamente os interessados, quer na venda, quer na compra?<br />
Nada mais simples que este sistema, que faria desaparecer três quartos das lojas, e ofereceria à produção uma multidão de inteligências e de braços, absorvidos num negócio inútil...<br />
É de admitir até que, único da sua espécie, um tal estabelecimento sucumbisse, sem que o princípio, segundo o qual foi criado, seja o menos comprometido do mundo. <br />
<span style="font-size: large;"><br />
</span><b><span style="font-size: 30pt;"><span style="font-size: large;">"É PRECISO EU REPITO, QUE UMA FORÇA MAIOR INVERTESSE AS FÓRMULAS ATUAIS DA SOCIEDADE; QUE SEJA O TRABALHO DO POVO E NÃO SUA BRAVURA OU OS SEUS SUFRÁGIOS QUE, POR UMA COMBINAÇÃO CIENTÍFICA, LEGAL, IMORTAL E INELUTÁVEL SUBMETA O CAPITAL AO POVO E LHE ENTREGUE O PODER." </span></span></b><span style="font-size: small;"><b>PIERRE JOSEPH PROUDHON, PÁG 438 FILOSOFIA DA MISÉRIA TOMO I </b></span><span style="font-size: x-large;"><b><br />
</b></span><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-53206169337003927722011-04-10T14:38:00.000-03:002011-04-10T14:38:21.933-03:00Neozapatismo: Inspirações para processos de autonomização coletiva<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-LjELfGGByRY/TaHqQhDQIUI/AAAAAAAAASg/Ws8jLZwSN3I/s1600/zap.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://4.bp.blogspot.com/-LjELfGGByRY/TaHqQhDQIUI/AAAAAAAAASg/Ws8jLZwSN3I/s640/zap.png" width="449" /></a></div><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-17036500401880625282011-03-25T13:29:00.000-03:002011-03-25T13:29:57.730-03:00FESTA DE 7 ANOS DE CASA DA LAGARTIXA PRETAEste sábado teremos a festa de 7 anos da Casa da Lagartixa Preta "Malagueña Salerosa", estão convidados a virem, a conhecerem e a comemorarem com a gente!!!! =)<br />
<br />
Muita conversa, comidas e baile!!!<br />
<br />
A Casa da Lagartixa é um espaço político, que funciona como um laboratório de experiências tanto para nós do Coletivo AtivismoABC, quanto para aqueles que se aproximam, tentando mostrar na prática que muitas coisas são possíveis: autogestão, integração com outros espaços, aprender fazendo, resistir, autonomia em relação ao estado e ao mercado (mesmo que dentro dos limites isso significa) ....<br />
Enfim.... Venha conhecer e participar!!!<br />
<br />
A festa será dia 26/03 a partir das 16:00 h.<br />
<br />
Ahhh, traga um prato de doce ou salgado para compartilhar, músicas também serão bem vindas!! :)<br />
Mais informações em: <a href="http://www.ativismoabc.org/">http://www.ativismoabc.org/</a> ou <a href="mailto:ativismoabc@riseup.net">ativismoabc@riseup.net</a><br />
<br />
Abraços libertários<br />
Anarquismo e Resistência!!!! =)<br />
<br />
AtivismoABC<div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Geografia e Anarquismohttp://www.blogger.com/profile/09236606712272469362noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-36377389382751394082011-03-25T13:25:00.000-03:002011-03-25T13:25:24.133-03:00Educação & Anarquismo com Biblioteca TerraCasa da Lagartixa Preta Apresenta:<br />
<br />
Conversa: Educação & Anarquismo com Biblioteca Terra<br />
Dia 27/03 (Domingo) - às 14h!<br />
Debate a partir de concepções de Kropotkin e Elisée Reclus.<br />
<br />
<a href="http://bibliotecaterralivre.wordpress.com/">http://bibliotecaterralivre.wordpress.com/</a><br />
<br />
Na Casa da Lagartixa Preta - Rua Alcides de Queirós, 161<br />
Bairro Casa Branca - Santo André - SP<br />
<a href="http://www.fotolog.com.br/ativismoabc">www.fotolog.com.br/ativismoabc</a><br />
<a href="http://www.ativismoabc.org/">http://www.ativismoabc.org/</a><br />
<a href="mailto:ativismoabc@riseup.net">ativismoabc@riseup.net</a><br />
<br />
Sejam bem-vind@s!<div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Geografia e Anarquismohttp://www.blogger.com/profile/09236606712272469362noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3619610634358234640.post-5201388431541785162011-03-15T02:31:00.000-03:002011-03-15T02:31:19.615-03:00Anarquistas da Indonésia pedem solidariedadeDesde 2007, um grupo de anarquistas está participando de uma luta camponesa em Yogyakarta, um "território especial" no centro de Java, na Indonésia. Na zona costeira de Kulon Progo, os agricultores resistem a uma mineradora de ferro e uma industrialização crescente, que ameaça a sua terra e sua existência. Foram organizados na PPLP-KP (Associação de Produtores Costeiros, Kulon Progo) diferentes batalhas contra os poderes econômicos. Várias vezes, milhares de agricultores se uniram de forma combativa para enfrentar os investidores.<br />
<br />
Yogyakarta é considerado um território especial e tem leis diferentes, por seu papel histórico no reino de Java. No momento, um conflito entre o governo local e o estado central está criando obstáculos à exploração econômica da área, visto que o sultão de Yogyakarta luta por mais autonomia local. Liberais e ONGs consideram o sultão como o mais democrático das autoridades públicas, embora, obviamente, nada mais é do que um jogo de poder. Se o sultão ganhar, os agricultores serão igualmente explorados, uma vez que a empresa local de minério de ferro, Ferro Jogja Magasa, pertence a sua filha.<br />
<br />
Até agora, a polícia e o exército não foram motivados a reprimir a luta campesina com todas as suas forças, porque ainda não apareceu o dinheiro para pagar as suas propinas, visto que o conflito político não está resolvido e a resistência camponesa abalou grande parte da possível inversão econômica.<br />
<br />
Os grandes investidores são empresas japonesas e uma importante empresa australiana, Kimberly Diamond, que em seus projetos na Indonésia se chama Indomines. Apesar da resistência, os planos de desenvolvimento seguem, porque a mineradora de ferro é apenas um pré-requisito para outros mega projetos. A área de Kulon Progo é vista como economicamente estratégica para o desenvolvimento industrial e penetração de mineradoras em toda a Java central. É por isso que o Estado pretende construir uma estrada, aeroporto e mais infra-estrutura no território, tais projetos seriam financiados pelo Banco Asiático de Desenvolvimento (Asian Development Bank).<br />
<br />
Tentam criminalizar a luta dos camponeses, mas ainda não conseguiram impor a lei de seus tribunais. Os agricultores não respeitam as leis e, de acordo com companheiros de lá, "os camponeses vêem toda a lei como a língua do inimigo". Tampouco confiam nas ONGs e nos esquerdistas, que sempre tentam se infiltrar na sua luta, e várias vezes chegaram pessoas da esquerda em suas assembléias. Com os anarquistas, pelo contrário, têm bons relacionamentos. Juntos criaram um centro social, Gerbong Revolusi (que tem uma biblioteca, estação de rádio, espaço infantil e espaço para assembléias e repouso). Também coordenaram uma rede de solidariedade com os anarquistas na Austrália e estabeleceram uma rádio comunitária.<br />
<br />
<br />
Para obter mais informações, leia (em Inglês):<br />
<br />
› <a href="http://hidupbiasa.blogspot.com/2009/12/tale-of-sand.html" linkindex="181" target="_blank">http://hidupbiasa.blogspot.<wbr></wbr>com/2009/12/tale-of-sand.html</a><br />
<br />
<b>Atualidades:</b><br />
<br />
Quinta-feira, 24 de fevereiro. A empresa mineradora tentou reabrir seu escritório e as suas operações, que em dezembro passado os camponeses haviam fechado e destruído. A tentativa falhou e os locais permanecem fechados.<br />
<br />
Segunda-feira, 28 de fevereiro. A Ferro Jogja Magasa e alguns investidores japoneses não vieram para uma reunião, sobre a mina da mina.<br />
<br />
Quarta-feira, 2 de março. Nove carros da polícia fortemente armada passaram pelo projeto.<br />
<br />
Quarta-feira, 7 de março. 31 caminhões da polícia, 700 da Brigada Policial Móvel, com canhão de água, veículos especiais para os detidos, cães da polícia, armas de gás lacrimogêneo e armas militares, ocuparam a cidade.<br />
<br />
Chamamos a solidariedade urgente!<br />
<br />
<i>Agência de Notícias Anarquistas - ANA</i><br />
<i>A - I n f o s Uma Agencia De Noticias<br />
De, Por e Para Anarquistas<br />
Send news reports to A-infos-pt mailing list<br />
<a href="mailto:A-infos-pt@ainfos.ca" target="_blank">A-infos-pt@ainfos.ca</a></i> <i><br />
Subscribe/Unsubscribe <a href="http://ainfos.ca/cgi-bin/mailman/listinfo/a-infos-pt" linkindex="182" target="_blank">http://ainfos.ca/cgi-bin/<wbr></wbr>mailman/listinfo/a-infos-pt</a><br />
Archive <a href="http://ainfos.ca/pt" linkindex="183" target="_blank">http://ainfos.ca/pt</a></i><br />
<i><br />
</i><div class="blogger-post-footer">CONEEG - Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia
GT Geografia e Anarquismo -
http://geografiaeanarquismo.blogspot.com/</div>Marciohttp://www.blogger.com/profile/11846527178932025335noreply@blogger.com0